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A comunidade acadêmica do CAHL discute a criação do campus de Santo Amaro

A comunidade acadêmica do CAHL discute a criação do campus de Santo Amaro

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Os professores e toda a comunidade do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) se reuniram, na última terça-feira (26), para discutir a implantação de mais um Campus da UFRB, o Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT), da cidade de Santo Amaro. Como já vem sendo debatido em outros momentos, ficou clara a preocupação dos docentes em relação à expansão sem antes estruturar os campi já existentes. A reunião foi o resultado de deliberação do último CONSUNI, onde ficou acertado que a proposta do novo centro deveria ser levada para todos os campi, com o intuito de aprofundar a discussão sobre a expansão na UFRB.

Como já havia colocado na reunião do CONSUNI, o professor Fabrício Lyrio ratificou a importância de se debater a expansão universitária. Para o docente, o momento de debate deve ser bem recebido por todos da comunidade: “Um momento de discutir o processo de expansão da UFRB que já nasceu multicampi. A criação de um novo campus é mais um espaço de expansão. Esse é um momento importante, ímpar, onde podemos incorporar contribuições, sugestões e críticas, para que o campus de Santo Amaro expresse os desejos da comunidade acadêmica. Todos seremos responsáveis pela criação”, disse Fabrício.

O professor Maurício Silva fez um apelo para que a pauta da criação no novo campus não voltasse para o CONSUNI sem antes ser amplamente debatida e deliberada em todos os centros, pois uma decisão como essa, em se tratando de uma universidade democrática, deve ser tomada pela base. Maurício também questionou os métodos de audiências usados para discutir o CECULT, já que, segundo ele, nem toda a comunidade acadêmica ficou ciente de tais audiências. O docente apontou algumas preocupações: “Quem deliberou o perfil do Centro? Por que não pude opinar sobre isso? O perfil do centro tem que ser pensado não apenas economicamente, mas também acadêmica e pedagogicamente. Já temos vários problemas de estrutura e não podemos, simplesmente, transferi-los para Santo Amaro. Ou se resolve os problemas, ou não se pode falar em multicampia,” afirmou Maurício.

Está previsto para o campus de Santo Amaro o curso de Bacharelado Interdisciplinar em Cultura, Tecnologia e Linguagens, com as terminalidades: Tecnologia do Espetáculo, Engenharia de Produção, Design Digital, Licenciatura em Música Popular e Produção Musical. Segundo o professor Danilo Barata, que foi quem apresentou a proposta do campus, o Bacharelado Interdisciplinar vai proporcionar ao aluno a possibilidade de, depois de concluir, poder escolher entre cursos que já existem nos centros de Amargosa, Cruz das Almas e Cachoeira.

Nesse ponto, o professor Jorge Cardoso Filho questionou se os cursos, que já tem de atender às demandas de quem é aprovado no processo de seleção, estariam preparados para receber mais esses alunos. Para o professor, tem-se que pensar no tipo de incidência que a saída desses estudantes do Bacharelado vai causar nos cursos que já existem: “Haveria, de fato, condição de esses cursos receberem esses estudantes?”, questionou Jorge.

Os alunos que participaram da discussão apontaram que no projeto de criação do novo centro, não existe infraestrutura de permanência como: residência e R.U. Os discentes manifestaram receio de que em Santo Amaro aconteça o mesmo que aconteceu, e acontece, em Cachoeira. Diante de tantas demandas, a comissão se comprometeu a levar para o CONSUNI todas as críticas e questionamentos.

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