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APUR PARTICIPA DE MANIFESTAÇÃO “#VEMPRARUACACHOEIRA”

APUR PARTICIPA DE MANIFESTAÇÃO “#VEMPRARUACACHOEIRA”

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As comemorações do  25 de junho na cidade de Cachoeira foram marcadas pela manifestação “#vempraruaCachoeira”. Um grupo formado por estudantes e moradores locais saiu às ruas da cidade gritando uníssonos: “Vem, vem pra rua que a luta cresce, vem”, “Cachoeira, vamos acordar, um professor vale mais que o Neymar”. E, como não poderia deixar de ser, a APUR se fez presente nesse ato de democracia.

Segundo o secretário da APUR, Antonio Eduardo de Oliveira,  a associação esteve presente porque apóia as manifestações populares e  as reivindicações que são manifestações corretas. “Nós estamos começando a acordar, essas manifestações em todo o país demonstram que existe uma insatisfação muito grande como, por exemplo, o gasto de muito dinheiro com a copa e muito pouco com a educação e com a saúde. Então, está na hora de fazer um investimento efetivo para que a população tenha serviços de qualidade”, afirmou o secretário.

Apesar de ser uma manifestação que se originou das muitas que têm ocorrido em todo o país, a “#vempraruaCachoeira” traz também reivindicações que vêm afligindo em especial a população cachoeirana. Uma das organizadoras da manifestação, Lorena Morais, aluna de Comunicação Social na UFRB e cidadã cachoeirana, citou a questão da segurança pública. Contudo, a estudante deixou claro que o problema com a segurança pública não se resolve com o aumento de policiamento.

Lorena Morais também citou o transporte alternativo como uma questão a ser discutida, pois além do valor absurdo, é de má qualidade e não há qualquer fiscalização. Apesar dos vários problemas que as manifestações têm levado a público, a estudante se mostra otimista com as movimentações ocorridas em todo o país: “Quando vamos para a rua, mostramos os problemas que a cidade tem. Não podemos mais ficar calados. A juventude acordou, estávamos pacatos, e já vemos mudanças. Acordou em São Paulo e alcançou outros jovens,” colocou Lorena.

Neuza Maria da Silva, moradora do interior de São Paulo, participou da manifestação acompanhando a filha que é estudante de Cinema na UFRB. Para ela, o movimento é importante em qualquer momento, pois é só mobilizando, é só indo às ruas que a população consegue garantir os direitos. Todavia, acredita que ainda falta muito para o país acordar de fato: “O Brasil está indo para as ruas, mas isso não é uma organização, eu acho que todas as reivindicações são válidas, mas deveria haver uma mobilização mais organizada, cada um no seu setor, mas todo mundo saindo juntos, não chegando cada um de um lugar. Tem gente que fica meio perdido, cada um com sua pauta e não liga como se fosse uma coisa só. A reivindicação por saúde e educação é de todos os brasileiros, não é algo local,” disse Neuza.

A estudante Ednalva Cerqueira também concorda que ainda falta para o Brasil acordar: “Um ato como esse é importante, eu acho muito corajoso, vale a pena participar, reivindicar pelos direitos, e Cachoeira está precisando de pessoas corajosas. Contudo, o Brasil ainda não acordou de fato, pois ainda falta muita gente indo às ruas, muita gente liderando”, pontuou a estudante.

TRAJETO PERCORRIDO 

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Vigiados por um forte aparato policial, os manifestantes tomaram as principais ruas da cidade histórica de Cachoeira. A saída foi do CAHL- UFRB, e passou pela tradicional feira da cidade, pela sede da prefeitura, havendo uma concentração na Igreja  Nossa do Rosário, quando da saída da missa festiva. Na oportunidade, também foram distribuídas copias da Carta de Cachoeira, documento do Fórum Tripartite do CAHL, para os participantes, entre eles o prefeito da cidade de Cachoeira, Carlos Pereira, que recebeu o documento e se comprometeu em fazer uma audiência com o Fórum Tripartite.

Em seguida, a manifestação realizou um ato em frente à Câmara Municipal, na praça da aclamação, quando foi construído um jogral coletivo nas escadarias da antiga cadeia de Cachoeira. Depois foi realizada uma passeata pela Feira  do porto, às margens do rio Paraguaçu, culminando com o fechamento da ponte D. Pedro II, que liga a cidade de Cachoeira e São Felix, e um ato de encerramento das atividades matinais em frente ao Paço Municipal de São Felix. Na parte da tarde, foi entregue a Carta de Cachoeira para o secretário de cultura do estado da Bahia, Albino Rubim, representante do governo do Estado, já que o governador Jaques Wagner permaneceu na cidade só por alguns minutos, fazendo apenas o hasteamento das bandeiras.

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