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COM PARTICIPAÇÃO DA APUR, DOCENTES DO CCS DEBATEM SOBRE O FUTURE-SE

Na última segunda-feira (19), a direção da APUR esteve no Centro de Ciências da Saúde (CCS) participando de reunião sindical e de uma roda de conversa sobre o Future-se, um momento bastante importante, pois além de discutir um tema que tem sido preocupação de todas as universidades do país, propiciou um acolhimento tanto dos (as) docentes do CCS em relação à APUR, quanto da associação aos (às) docentes.

Durante a conversa, os eixos do Future-se foram discutidos, mas a ideia central foi entender que o pano de fundo é uma concepção de universidade, e ficou claro que, dentro da categoria docente, a universidade que será defendida é a universidade pública, gratuita e de qualidade, ou seja, a tendência é a rejeição ao projeto, já que, na avaliação dos presentes, ele rompe com a lógica de universidade voltada para os interesses sociais, e cria uma nova lógica, uma nova forma de pensar a universidade, que é a universidade voltada para o mercado de capital.

Na avaliação da professora Djenane Brasil, diretora executiva da APUR, a roda de conversa sobre o projeto Future-se se constituiu num importante momento de diálogo entre os professores: “foi possível transcender as discussões trabalhistas, e pensar a própria constituição da universidade, a concepção de universidade que queremos, a que temos hoje, e a que está apresentada pelo Future-se”, explicou a professora.

O representante sindical da APUR no CCS, professor Givanildo Oliveira, definiu a atividade como sendo de muita importância, mas fez questão de defender que aquele foi um momento inicial, havendo a necessidade de caminhar ainda mais no processo de entender e aprender sobre o Future-se. “É importante se debruçar sobre o tema, um tema importante, embora não se saiba se ele vai permanecer como está na proposta, ainda não é um projeto de lei, então tudo pode mudar, não sabemos o que esperar do governo, mas precisamos estar atentos, entendemos que o governo que está aí presente não tem interesse em cuidar da universidade, zelar pela universidade, na verdade, ele tem um intuito de destruição desse patrimônio”, completou o representante sindical.

O presidente da APUR, professor David Teixeira, também está de acordo quanto à necessidade de se ampliar a discussão, mas também já pensando na batalha para rejeitar esse projeto: “Um projeto que visa desestruturar a universidade pública, modificando a sua natureza e sua autonomia administrativa-financeira e didático-pedagógica. Nesse contexto, um projeto com tantas insuficiências, e que aponta para um caminho de ataque ao modelo atual, no caminho de uma privatização, precisa ser rejeitado, assim como já tem sido feito por várias universidades pelo país. Mas seguiremos em conversa com os colegas da UFRB para amadurecermos e tirarmos uma posição conjunta”, concluiu David.

Além da discussão do projeto em si, algumas falas apontaram para a fragilidade do momento atual de luta e manutenção da sociedade democrática, não só através da universidade, mas também em outros domínios da ação social. Muitas falas demonstraram uma certa sensação de impotência, pois, apesar das muitas manifestações que têm sido feitas, a realidade vai sendo cada vez mais dura. Contudo, também apontaram a importância da categoria manter a união para resistir.

Nesse sentido, os (as) presentes chamaram a atenção para importância da APUR, que desde sua criação tem sido espaço de apoio e resistência. Por fim, saiu como sugestão que a APUR organize encontros regulares para que os temas do momento possam ser debatidos, e também para que as pessoas possam se acolher, garantindo uma rede solidária de resistência contra o desmonte da universidade pública e contra a destruição dos princípios democráticos que constituem o Estado de Direito.Sabendo da importância em se debater o tema, a direção da APUR informa que a discussão sobre o Future-se será feita em todos os centros. Para ajudar na discussão, seguem alguns links de textos e vídeos sobre o assunto.

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