APUR

Prezadas, A diretoria da APUR se reunirá com a assessoria jurídica na próxima semana para definir quais medidas serão adotadas. Ressaltamos que este será um processo demorado, pois envolve diversas situações. Recomendamos que, enquanto não conseguirmos a suspensão da obrigatoriedade do preenchimento da ocorrência de presencialidade, os(as) docentes continuem realizando o preenchimento do referido documento, a fim de evitar eventuais prejuízos futuros. Solicitamos, ainda, que sejam guardados todos os e-mails e documentos relacionados a este assunto, pois há a possibilidade de ingresso com ações judiciais.

VITÓRIA COM GOSTO AMARGO

Por Gabriel da Costa Ávila (APUR/CAHL/UFRB) Ganhamos, mas não me sinto muito bem… Claro, não se trata de menosprezar o tamanho da vitória das professoras e professores de Instituições Federais de Ensino da Bahia na Assembleia convocada pela diretoria da APUB. Fomos gigantes. Mas presenciar o autoritarismo, a truculência e a má fé dos dirigentes do sindicato que representa os professores da UFBA no trato com as seções e as bases do interior deixa um gosto amargo. A APUB providenciou o melhor ambiente democrático para discutir as divergências de organização sindical da categoria (risos): diversos seguranças fardados na porta do auditório e diversos advogados engravatados no palco. Proibição da entrada de colegas dirigentes sindicais, manobras burocráticas, atraso gigantesco na abertura do auditório gerando uma imensa fila de docentes tentando atravessar a barricada de funcionários e seguranças que a APUB montou na recepção do local, desrespeito aos ritos básicos da decisão coletiva em assembleia. Assembleia na qual nós, docentes federais dos diversos campi do IFBA e do IFBAIANO, da UFRB, da UFSB, da UFOB e da UNIVASF, tínhamos o direito de voz e voto. Pela prepotência soteropolitana de quem olha para o interior com lentes coloniais e pela forma como a Assembleia foi articulada, de maneira estratégica para desmobilizar as nossas bases, a diretoria da APUB não imaginava que nosso ato na área externa do auditório seria tão grande, organizado e combativo. À medida em que conseguíamos acessar o auditório, a energia da Assembleia se renovava. Os poucos professores da UFBA mobilizados pela diretoria da APUB, a maioria aposentados que já estavam acomodados no auditório, olhavam assustados aqueles “militantes radicais”, “bárbaros” vindos do sertão, do recôncavo, do baixo sul e todas as regiões do estado. “Vocês são muito mal-educados”, vociferou contra mim uma professora. É brincadeira? Os caras bolem com que tá quieto, metem um golpe e a gente tem que ser “educado”… Bom, o clima era tenso. Gritamos palavras de ordem, impedimos as tentativas de censurar a participação, garantimos o acesso livre de docentes ao espaço da assembleia com muita dificuldade, quando um professor foi cercado e encurralado contra a parede pelos seguranças (professor da própria UFBA, mas que cometeu o grave delito de ser oposição à atual diretoria da APUB). Quando finalmente a Assembleia tinha condições de começar e a diretoria da APUB percebeu que não tinha maioria para aprovar sua decisão de passar com o trator por cima da história das seções sindicais das instituições do interior, mudou de estratégia. Decidiram encerrar a assembleia. Porém, a assembleia não era da diretoria da APUB, a Assembleia era dos docentes ali reunidos e a imensa maioria decidiu legitimamente por continuar a votação, por não encerrar a Assembleia. Aí veio o momento mais surreal do golpismo sindical em curso. A diretoria da APUB não aceitou a decisão da assembleia e tentou encerrá-la no grito. Já não havia condições deuma vitória deles. A Assembleia era nossa. Eles então se retiraram, APAGARAM AS LUZES E DESLIGARAM O SISTEMA DE SOM do auditório que estava lotado, com mais de 200 colegas presentes. A primeira parte da nossa votação ocorreu sob a luz das lanternas de celular. Realmente, é difícil crer que eles tenham capacidade de representar a Bahia se eles mal tem capacidade de reconhecer a nossa existência. Ao final desse show de horror gratuito proporcionado pela diretoria da APUB, conseguimos conduzir a votação. Todos os três pontos foram derrotados (ZERO votos favoráveis, 196 votos contrários e três abstenções) já que eles – exercendo novamente sua melhor tradição democrática – se retiraram da Assembleia diante da derrota iminente. Ganhamos, mas ainda não acabou. A diretoria da APUB continua escondendo a verdade sobre as suas intenções e as implicações da decisão e já está, desde ontem à noite, veiculando a sua “narrativa” sobre os fatos. O principal elemento farsesco desse discurso é, justamente, tentar colar a ideia de que a Assembleia foi interrompida. Não foi. Ela foi abandonada pela diretoria da APUB – que avaliou que a covardia era a melhor estratégia no momento. *Este é um texto de opinião publicado no “Espaço do Professor/a”, aberto a todos/as filiados/as. Como todos os textos desta seção, não necessariamente reflete a opinião política da diretoria da APUR.

AS LENTES COLONIAIS DA APUB

Por Heleni de Ávila (APUR/CAHL/UFRB) Foi com surpresa que recebi a notícia da assembleia “convocada” pela Diretoria da APUB, para a “rerratificação da fundação da APUB para representar a categoria profissional dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior localizadas no Estado da Bahia1” como sindicato estadual para obtenção de registro e carta sindical junto ao MTE. No Instagram da APUB, informa que desde 2009 a categoria docente escolheu que seriam um sindicato independente para representar a categoria do ESTADO DA BAHIA.Em 2009 o cenário baiano das Instituições Federais de Ensino Superior é o mesmo que temos hoje? Vejamos:UNIVASF – criada pela Lei 10.473 de 27 de junho de 2002;UFRB – criada pela Lei 11.151 de 29 de julho de 2005;UNILAB – criada pela Lei 12.289 de 20 de julho de 2010;UFOB – criada pela Lei 12.825 de 05 de junho de 2013;UFSB – criada pela Lei 12.818 de 05 de junho de 2013.Destas, a UNILAB e a UNIVASF são de caráter interestadual, as demais funcionam exclusivamente na Bahia. A UFRB é a mais antiga das novas Universidades Federais implantadas na Bahia e, em 13 de outubro de 2008 as professoras e professores criaram a APUR (Associação dos Professores Universitários do Recôncavo). A APUR torna-se então, uma seção sindical do ANDES Sindicato Nacional e nasce com a compreensão da importância da articulação interna dos seus docentes, de forma autônoma e independente da UFBA. Como todo Colonizador, a Diretoria da APUB e seus apoiadores, seguem ignorando o surgimento de novas Universidades Federais e com elas a possibilidade de criação de organizações autônomas ligadas a cada uma destas Instituições, com sua realidade e peculiaridades. Além de ignorar a organização de outras Universidades Federais, o golpe vai mais longe, querendo abocanhar a parcela de professoras e professores dos Institutos Federais da Bahia, base do SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica Profissional). É surpreendente como professoras e professores supostamente de esquerda seguem com o caminho do colonizador, instalado na capital e olhando para o interior como meros “puxadinhos” da sua estrutura sindical, ignorando toda a história de organização e de lutas empreendidas pelos colegas do interior. A dita preocupação com as “coirmãs”, é mais uma prepotência soteropolitana, pois se de fato tivesse este propósito de dialogar, não teriam chamado uma assembleia para Salvador e sim para o interior do estado da Bahia. 1 Texto retirado do documento distribuído pela APUB na assembleia do dia 22 de maio de 2022. Por outro lado, houve uma tentativa de diálogo entre as entidades que representam os docentes das outras instituições (APUR, ADUFOB, SINDUFSB, Seção sindical Bahia da UNIVASF e SINASEFE) e a APUB para que suspendessem a assembleia do dia 22/05 e, o olhar colonizador não concordou com a proposta da MAIORIA das entidades. Cabe indagar, porque só agora, em 2025 a APUB tem este interesse de rerratificar a carta sindical? Será por conta do resultado não favorável para eles nas eleições do ANDES?É passando por cima das outras entidades de caráter sindical, desrespeitando o desejo dos colegas do interior e de uma parcela importante de colegas da UFBA que não concordam com a proposta, que se rerratifica uma carta sindical?NÃO! Mas o colonizador, segue com a sua sanha de poder e mantem a assembleia no dia 22/05. Professores e professoras mudaram suas rotinas para participar da tal assembleia e após chegarmos na “cidade da Bahia”, fomos insultados e xingados (eu mesma recebi agressões verbais de uma professora da UFBA). Enfrentamos filas com seguranças privados (pasmem) controlando o nosso acesso ao auditório da faculdade de Direito. Quando a coisa, finalmente parecia que ia iniciar, apesar das manobras da mesa diretora da assembleia de tentar impor as regras de funcionamento, sem respeitar os presentes, a presidenta da APUB, anuncia a suspensão da atividade!Como???? Por quê??? Aprendi que a assembleia é soberana e que a mesa deve acatar a vontade da maioria. Seguimos na tentativa de fazer acontecer a assembleia, para a qual fomos ”convocados”.A diretoria da APUB, ao perceber que estávamos seguindo com a atividade iniciou o processo de agressões físicas e verbais, particularmente contra os colegas que estavam tentando conduzir os trabalhos. Ah, mas o colonizador é perverso e não desiste. Após as agressões físicas e verbais (incluindo agressões verbais a uma criança de 09 anos, filha de uma professora e um professor da UFBA), apagaram as luzes e se retiraram em uma atitude covarde e desrespeitosa com mais de 200 colegas que estavam presentes. O colonizador segue, agora construindo falsas narrativas e invertendo os papéis. Mas, não temos que nos admirar. É assim que são os colonizadores.E nós? Seguimos na luta, mais fortes e mais unidos. Hoje, os professores universitários da Bahia podem dizer, com muito orgulho, que escreveram uma página importante da história sindical docente. Sou APUR, sou ANDES!Com tiranos não combinam militantes corações! *EsTe é um texto de opinião publicado no “Espaço do Professor/a”, aberto a todos/as filiados/as. Como todos os textos desta seção, não necessariamente reflete a opinião política da diretoria da APUR.

Professores/as da UFRB e das demais instituições federais da Bahia derrotam a tentativa de criação de sindicato estadual

Ontem, 22 de maio de 2025, entrou para história do movimento docente federal da Bahia. Mais de 200 professores/as compareceram na Assembleia aberta a todos/as professores/as do Estado convocada pela APUB/UFBA, que tinha como objetivo transformar a APUB/UFBA num sindicato estadual, à revelia dos interesses da APUR e das demais organizações sindicais da Bahia. A Assembleia começou bastante disputada, não podia ser diferente, já que a maioria dos presentes não tinha nenhuma informação de como ela seria conduzida e suas regras, uma vez que sua convocação foi feita às escondidas, e sem nenhum diálogo com as representações sindicais das demais instituições do Estado. Apesar deste ambiente de dúvidas, a Assembleia se iniciou dentro de uma normalidade, não houve nenhuma ocorrência de impedimento de credenciamento, todos/as professoras tiveram acesso ao plenário com segurança. Um fato é preciso destacar, a maioria significativa dos presentes estampavam nas suas camisas, adesivos, bandeiras e palavras de ordem uma posição explícita contrária aos interesses da diretoria da APUB/UFBA que convocou e estava conduzindo a assembleia. Após a segunda chamada, às 14:30, com o auditório cheio, com base num acordo, foi prorrogado o início por mais de 20 minutos, com o intuito de garantir a entrada de professores/as que ainda estavam no credenciamento. Aí, acontece nossa surpresa, a presidenta da APUB/UFBA, que estava como responsável para dirigir a Assembleia, retoma a palavra para informar que estavam cancelando a Assembleia, sem nenhuma consulta ao plenário lotado. Contraditoriamente, no momento em que a plenária se encontrava mais tranquila e preparada para o início dos debates. A direção da APUB/UFBA, certamente, fez a conta que eram minoria e que suas propostas seriam derrotadas no voto democrático de um Assembleia presencial. Para evitar essa fragorosa derrota, optou por sabotar a própria Assembleia convocada por eles na surdina. Confirmando as suas intenções antidemocráticas já denunciadas nos dias que antecederam a Assembleia. Diante da rejeição da direção da APUB/UFBA de dirigir a Assembleia, e sua fuga do espaço em ato contínuo, em respeito a soberania da Assembleia, os professores/as presentes, previamente cadastrados, pela própria APUB/UFBA, resolveram seguir e colocaram em votação os três pontos da pauta presentes na convocação, que obteve 196 votos contrários para os três pontos, maioria esmagadora dos presentes. É preciso ressaltar que a iniciativa da direção da APUB/UFBA foi eivada de ações antidemocráticas, desde a convocação na surdina. Durante os dias que antecederam a Assembleia, nós da direção da APUR, tanto na segunda-feira em reunião com a direção da APUB intermediada pela CUT/Bahia, como na quarta em reunião com todas as representações sindicais do Estado, incluindo a APUB/UFBA, solicitamos à direção da APUB/UFBA o cancelamento da Assembleia, para que os mesmos dessem um aceno que estavam dispostos a começar um diálogo com as demais representações, ao invés de querer impor sua vontade, algo que a soberba da atual direção da APUB/UFBA não aceitou. Inspirados nos povos do Recôncavo, uma grande delegação de professores/as da UFRB seguiram à Salvador para impedir essa tentativa de golpe, “com tiranos não combinam brasileiros corações”, em defesa da democracia e do respeito à autodeterminação, à liberdade sindical dos professores/as federais da Bahia. A grande unidade com os demais colegas da IFE do nosso Estado, principalmente do interior, representados/as pelo SINASEFE, pelo SINDUFSB, pelo SINDUNIVAF, pela ADUFOB, e com o apoio e solidariedade de demais colegas do ANDES/SN e da UFBA, conseguimos ganhar a Assembleia, e manter o respeito de autonomia e auto-organização de cada representação atualmente existente. A autonomia de organização da base docente da APUB/UFBA não pode atacar a autonomia dos professores e professoras das demais IFE.  Se saia APUB, os colonizadores já foram expulsos faz tempo, os/as professores/as da UFRB já tem sindicato!

Conheça a nova Diretoria Executiva da APUR

Na última sexta-feira, 16, a Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) empossou a nova Diretoria Executiva, que conduzirá a seção sindical do ANDES no Recôncavo da Bahia pelo biênio 2025-2027. A nova direção é composta por oito professores e professoras de diferentes Centros da UFRB que formaram a chapa “Unificar para Avançar”. Mas você já conhece todos os integrantes? Caso contrário, não tem problema. Logo abaixo, preparamos uma breve apresentação sobre nossa nova diretoria. Confira: A Diretoria Executiva da APUR é formada por 8 cargos: presidência; vice-presidência; Secretaria; Suplência da Secretaria; Tesouraria; Suplência da Tesouraria; Direção Executiva e Suplência na Direção Executiva. Para estes cargos foram eleitos os/as docentes: •             Presidente – prof. David Romão Teixeira (CFP/Campus Amargosa) •             Vice-presidenta – profa. Talita Lopes Honorato (CCAAB/Campus Cruz das Almas) •             Secretária: profa. Maíra Lopes dos Reis (CFP/Campus Amargosa) •             Suplente da Secretária: prof. Juliano Pereira Campos (CETEC/Campus Cruz das Almas) •             Tesoureira: Emmanuelle Félix dos Santos (CFP/Campus Amargosa) •             Suplente da Tesoureira: prof. Éder Pereira Rodrigues (CCS/Santo Antônio de Jesus) •             Diretor Executivo: prof. Luis Henrique Barbosa Leal Maranhão (CECULT/Campus Santo Amaro) •             Suplente do Diretor Executivo: prof. Gabriel da Costa Ávila (CAHL/Campus Cachoeira/SãoFélix). David Romão Teixeira Doutor em Educação. David é professor adjunto do Centro de Formação de Professores (CFP/UFRB), localizado em Amargosa. Talita Lopes Honorato Doutora em Engenharia Química. É professora adjunta da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, atuando no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais e Biológicas (CCAAB-Cruz das Almas). Maíra Lopes dos Reis Professora Assistente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) – Centro de Formação de Professores (CFP), Campus de Amargosa. É doutoranda no Curso de Pós Graduação em Estudos Interdisciplinares em Mulheres, Gênero e Feminismo. Juliano Pereira Campos Doutor em Cosmologia e professor Doutor Associado I do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC- Cruz das Almas). Emmanuelle Felix dos Santos Doutoranda em Linguística. Atua no Centro de Formação de Professores (CFP – Amargosa). Éder Pereira Rodrigues Doutor em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas. Atua como professor adjunto no Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRB), em Santo Antônio de Jesus. Luis Henrique Barbosa Leal Maranhão doutorando em Comunicação Audiovisual. É professor assistente no Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT/UFRB), campus Santo Amaro. Gabriel da Costa Ávila Doutor em História. Atua como professor adjunto no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL/UFRB), Centro localizado nos municípios de Cachoeira e São Félix. Obs: As informações acima foram retiradas do site Escavador. Plano de Governo Durante o processo eleitoral, a chapa “Unificar para Avançar” divulgou o plano de governo que pretende implementar nos dois anos de gestão. O material discorre sobre a conjuntura político-social mundial e sobre as condições de trabalho enfrentadas pelos/as docentes, bem como a necessidade de melhorá-las. Veja o plano completo abaixo: