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ASSEMBLEIA APROVA POSIÇÃO CONTRA O IMPEACHMENT

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Na assembleia desta quarta-feira (30), os professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) votaram a favor de uma nota defendendo que a posição política da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) seja contrária ao impeachment, por ser ele considerado um golpe contra a democracia. Além disso, os docentes também aprovaram a participação da APUR em ações conjuntas com outras categorias em defesa da democracia e contra o golpe.

Uma questão que foi colocada na maioria das falas foi que não está apenas em jogo um governo que foi eleito pelo voto popular, mas também que está sendo colocado em risco um projeto de sociedade e de universidade, e por isso a necessidade de um posicionamento coerente. Em todas as falas, a APUR foi convocada a se posicionar contra o golpe que, na opinião de alguns docentes presentes, já foi dado faz tempo. Sendo assim, a luta não seria para conter, mas para minimizar os estragos desse atentado contra a democracia.

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Para o professor David Teixeira, a sociedade não está dando conta do real cenário. O professor deixou bem claro que sua preocupação não é com a presidente do país, mas com as consequências nefastas do golpe para a classe trabalhadora: “O que está em risco não é o governo Dilma, é o projeto dos trabalhadores (as) brasileiros (as).” David ainda mostrou preocupação em relação ao cenário de ódio que tem se instalado no país. Em sua visão, é necessário fugir de tal cenário, mas isso não quer dizer que se deva ficar em cima do muro: “O sindicato tem que tomar uma posição. O que está sendo colocado precisa ser repudiado”, defendeu o professor.

O presidente da APUR, Antonio Eduardo Oliveira, classificou a situação como sendo grave. Em sua visão, a engrenagem do golpe está avançada, por isso a necessidade do sindicato ter um posicionamento político claro. Ainda assim, Antonio Eduardo analisa a situação de forma prática. Para ele, mesmo um pouco tarde, os movimentos sociais têm reagido, e ainda que estejam em desvantagem, ainda há tempo para lutar.

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A posição contrária ao golpe foi unanime em todas as falas, mas os docentes estão conscientes da dificuldade da situação política do Brasil, e mostraram maturidade na discussão do tema.  O professor David Teixeira, por exemplo, colocou que é importante se pensar nos desdobramentos que esse momento político trará para o país e, especialmente, para a educação. “A gente vai contra o golpe não é de qualquer jeito, temos que ir pensando num contexto com e sem a presidente Dilma. A nossa luta contra o ajuste fiscal, a nossa luta em prol da educação será permanente”, afirmou David.

O professor Antonio Eduardo sugeriu que a APUR se integre aos movimentos já existentes, pois acredita que o papel do sindicato é fundamental . “Defender a UFRB também é lutar contra o golpe. Nosso desafio é a defesa de um projeto de universidade pública, gratuita e de qualidade que também é ameaçado”, concluiu o professor.

Para dar continuidade às discussões sobre a situação política do país, foram marcadas reuniões sindicais em todos os centros. As reuniões ocorrerão entre os dias 04 e 07 de abril, e em breve será divulgado o dia específico de cada centro.

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