Nessa segunda-feira (19), o Centro de Formação de Professores (CFP) promoveu o Ato Público contra a Homofobia. O representante da APUR, professor Tarcísio Cordeiro, em sua manifestação em nome da entidade, lamentou que, até aquele momento, a reitoria da UFRB não tivesse se pronunciado quanto a agressão de um de seus discentes: “Casos como este, atinge a todos nós em nossa integridade e viola a construção de uma universidade que diz primar pela diversidade como valor político maior. É inaceitável que a institucionalidade não se comprometa de público com o direito das pessoas à orientação sexual”, disse Cordeiro.
O Ato, organizado pelo Núcleo Capitu e Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação/Propaae, aconteceu em virtude da agressão física e verbal sofrida pelo estudante Amilton Júnior, dia 15 de agosto, nas ruas do Centro de Amargosa. O discente foi abordado a empurrões, socos, além dos gritos “você é gay, tem que apanhar”. A violação aconteceu no último dia da realização do Evento Agosto Gay no Campus de Amargosa, promovido pela Gestão de Ensino.
Além do Ato Público contra a Homofobia, outras ações serão organizadas na cidade de Amargosa, junto a Delegada e Prefeitura da Cidade. “A ideia é ampliarmos a discussão e ações em defesa à ocupação democrática do espaço público e ao livre direito à expressão da sexualidade, além disso, coibir atos de homofobia por meio da garantia dos direitos humanos individuais e coletivos”, afirmou Kiki Givigi, Coordenadora do Núcleo Capitu.
Além do apoio e presença da APUR, o ato contou com a representação estudantil no Centro, com a Comissão organizadora do Congresso Estudantil, como o Colegiado de Filosofia, com a Gestão de Ensino e recebeu moções e notas públicas de apoio da Diretoria LGBT da União nacional de Estudantes, do Coletivo Kizomba Arco Íris, do Fórum de Lésbicas, Gays, Transgêneros e Travestis da Bahia.