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Moção de apoio e solidariedade aos povos indígenas, em especial os Tupinambás do Sul da Bahia

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A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) torna público seu apoio e solidariedade aos povos indígenas, em especial os Tupinambás do Sul da Bahia, que vêm sofrendo ações violentas nos municípios de Buerarema e Ilhéus. Não é de hoje que os povos indígenas têm sofrido e, muitas vezes, massacrados na luta pelo direito à terra.  As disputas entre os índios Tupinambás e os fazendeiros vêm se intensificando por conta da demora do Estado em chegar a uma conclusão quanto ao reconhecimento do território indígena. Essa demora tem originado ações violentas e arbitrárias, fazendo com que os Tupinambás vivam em um ambiente de medo e insegurança. A imprensa local, que vem denunciando essas ações, noticiou que casas indígenas vêm sendo queimadas por grupos armados e encapuzados, um ônibus escolar, que leva as crianças da Comunidade de Serra do Padeiro, foi alvejado, resultando na suspensão das aulas.

Também queremos expressar nosso apoio ao Professor Edson Kaiapó, Coordenador da LINTER, a Licenciatura Indígena implantada pelo Instituto Federal da Bahia em Porto Seguro, e demais professores e funcionários que foram brutalmente agredidos quando se dirigiam para área indígena marcada por conflitos com fazendeiros da região.

Todas essas ações sofridas pelo povo Tupinambá e por aqueles que apoiam suas lutas ferem os direitos humanos, bem como a diversidade étnica, que é garantida pela Constituição Brasileira. Diante disso, a APUR, defensora ferrenha dos direitos dos grupos sociais, não pode se calar. Repudiamos as ações violentas dos fazendeiros e exigimos que o Estado tome providências para dar fim a essas atitudes truculentas.

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