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Os servidores técnicos e docentes problematizam a criação da UNIAF

Os servidores técnicos e docentes problematizam a criação da UNIAF

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Na tarde dessa quarta-feira (18), a APUR e a ASSUFBA se reuniram para debater a construção da Unidade Interdisciplinar de Afiliação (UNIAF). A UNIAF foi discutida na última reunião do Conselho Universitário (CONSUNI), dia 13 de setembro. Contudo, o projeto apresentado pela reitoria está mal elaborado, o que gerou inúmeras dúvidas. Por conta disso, as representações dos professores e dos servidores técnicos resolveram se reunir para problematizar a questão.

De acordo a definição divulgada no site da UFRB, UNIAF “Trata-se de um projeto que foi concebido para se constituir em mais uma alternativa ao modelo de educação superior hegemônico no Brasil, buscando permitir a introdução de uma formação geral mais orgânica e, ainda, constituir uma arquitetura institucional que contribua para a ressignificação do conceito de multicampia no âmbito institucional”. Todavia, o projeto não leva em consideração pontos cruciais para uma universidade multicampi.

 Dentre outros pontos, uma questão que não fica clara no projeto é a quantidade de professores e técnicos necessária para a implementação da UNIAF. “Não se pode abrir um novo centro que vai servir aos demais, sem antes pensar na demanda de servidores”, chamou atenção um dos servidores técnicos.  Deisy Vital, representante dos docentes no Conselho, também frisou o fato de a UFRB não dá conta das demandas de professores, técnicos e espaços para os centros e cursos já existentes, o que, com o projeto do jeito em que está, só acabaria agravando e situação da universidade.

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No decorrer do debate, ficou bem claro que os dois sindicatos não eram contra a proposta, mas contra a forma como ele foi elaborado, um projeto que não explica como será o funcionamento da UNIAF, nem como resolverá os problemas de mobilidade e de internet, questões centrais para atingir os objetivos da proposta. O presidente da APUR, David Teixeira, lembrou que o projeto não foi discutido nos espaços de deliberação dos Centros, em especial o Centro de Formação de Professores (CFP), que poderia contribuir diretamente nessa construção: “Para que servem os Centros atuais? Como construir um projeto sem consultá-los? Por que não foi colocado na pauta dos Conselhos de Centro? O que vemos é uma falta de preocupação em construir coletivamente”, pontuou o presidente.

Para o professor Antonio Eduardo Oliveira, secretário da APUR, é imprescindível lutar pela reforma e democratização do CONSUNI, pois a universidade tem fechado os olhos para as categorias, e depois as culpa por não aprovarem o que ela quer. Aida Maia, representante local da ASSUFBA, também pontuou a necessidade de mudança no Conselho Universitário: “As coisas já chegam decididas no CONSUNI sem antes consultar as bases”, afirmou Aida.

Reconhecendo a importância do debate, e diante das problemáticas existentes no projeto da UNIAF, os dois sindicatos decidiram que vão marcar mais uma reunião para ampliar a discussão do tema.

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