Nós trabalhadores/as, professores/as, estudantes, pesquisadores/as do Recôncavo e do Semiárido Baiano nos dirigimos a toda comunidade no intuito de expor nossa posição contrária ao Projeto de Lei do NOVO CÓDIGO FLORESTAL que está para ser votado no Senado Federal nos próximos dias. Este NOVO CÓDIGO FLORESTAL não apresenta melhorias ao Código Florestal vigente, aliás, amplia os problemas existentes e cria novos.
Diante da atual condição de desenvolvimento do país, onde é perceptível a degradação crescente da nossa flora, fauna e dos seres humanos, não podemos aceitar uma legislação ambiental que não venha enfrentar os principais problemas atuais (latifúndios, pobreza, desmatamentos crescentes, etc) e oferecer garantias necessárias para uma produção agrícola que possibilite melhores condições de vida dos/as trabalhadores/as brasileiros/as.
Não é com a anistia dos/as desmatadores/as e latifundiários/as, reduzindo as Áreas de Preservação Permanente (APPs) de 30 para 15 metros, retirando os mangues da categoria de APPs, liberando propriedades de 04 módulos de recompor a Reserva Legal desmatada, que se protegem as florestas, favorece o desenvolvimento da agricultura familiar e a produção de alimentos no país.
Exigimos uma política ambiental brasileira que atenda aos anseios dos/as trabalhadores/as do nosso país, o que não pode ser realizado de forma satisfatória sem a realização da Reforma Agrária no Brasil. Não aceitamos que a legislação ambiental seja ditada pelos interesses dos devastadores do meio ambiente e pelos latifundiários. Por isso lutamos e reivindicamos por outra política, e nos dirigimos para os/as senhores/as Senadores/as e para a presidenta Dilma dizendo que não é esse Novo Código Florestal que os trabalhadores/as brasileiros precisam.

Crus das Almas, 3 de dezembro de 2011.

• APUR – Associação dos Professores Universitários do Recôncavo.
• Coletivo de estudantes do curso de Especialização em Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial do Semiárido Brasileiro – CFP/UFRB.
• PET Educação e Sustentabilidade – CFP/UFRB.
• Grupo de Pesquisa Educação Ambiental Crítica – CFP/UFRB.
• GEPEFE/CFP/UFRB.
• Coletivo em Defesa das Florestas/UFRB.

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