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A LUTA AGORA É PELO PLEBISCITO OFICIAL POR UMA CONSTITUINTE PARA REFORMA POLÍTICA

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No último dia 13, a presidente Dilma Rousseff recebeu o resultado do plebiscito popular por uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político. Com quase 8 milhões de votos, o plebiscito apontou para a necessidade de uma reforma política urgente. A entrega do resultado foi feita em ato, por uma delegação composta por representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Sem Terra (MST), da Consulta Popular, da Central dos Movimentos Populares (CMP), entre outros.

O que esses quase 8 milhões de brasileiros apontaram foi a urgência de uma política que, entre outras coisas, estabeleça  a proporcionalidade da representação na Câmara dos Deputados (um eleitor = um voto) e o voto em lista; que consiga por fim no senado oligárquico antidemocrático e no financiamento empresarial.Apontaram a necessidade de uma reforma que consiga destravar demandas como a desmilitarização das polícias, a reestatização das empresas privatizadas, a reforma agrária, a redução da jornada para 40 horas sem redução dos salários e o fim do superávit primário para destinar as verbas para o transporte, saúde e educação.

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A campanha do Plebiscito Constituinte, que começou há mais de um ano, mobilizou o país inteiro, inclusive a cidade de Cruz das Almas, que organizou um comitê com intensa discussão e mobilização sobre o tema, tendo o apoio e a participação efetiva da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR). A APUR não só esteve presente em todas as reuniões do comitê, como também encabeçou o debate e as ações dentro e fora da universidade.

Toda a campanha em torno do Plebiscito Constituinte culminou com a coleta de votos ao longo da semana da pátria (1 a 7 de setembro). No total, foram contabilizados 7,7 milhões de votos. Desse número, 97% dos votantes (7,5 milhões) disseram sim à convocação de uma assembleia constituinte para promover a reforma política no país. A mobilização pela Constituinte contou com cerca de 100 mil pessoas e mais de dois mil comitês populares espalhados pelo país.

A APUR e o comitê Cruz das Almas organizaram e colaboraram com a formação e votação do Plebiscito Popular em escolas, igrejas, universidades, nas praças das cidades de Cruz das Almas, Amargosa, Cachoeira, Santo Antonio de Jesus, Governador Mangabeira, Castro Alves, Taperoá e Sapeaçu. Ao final, foi apurado um total de quase 3000 mil votos. Contudo, as ações do comitê não vão parar com o fim da votação. A ideia é continuar com as mobilizações a fim de pressionar a presidente Dilma para realizar um plebiscito oficial que consulte a população para a convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana para Reforma Política.

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