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NOTA PÚBLICA

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Por decisão de sua assembléia, a APUR vem a público manifestar-se quanto aos pontos centrais que, na visão dos/as docentes, dizem respeito às instalações dos containers no campi de Amargosa, Centro de Formação de Professores. Destacamos, para isso, dois pontos que, após a nota técnica da Superintendência de Implantação e Planejamento do Espaço Físico/UFRB (30/01/2015) nos preocupou:

1-      Democracia e publicidade – Os agentes públicos devem primar pelas deliberações nas instancias formais, garantindo os trâmites regimentais e pela publicização de seus atos e decisões, consultando as instâncias competentes, promovendo ampla discussão política. Quando a SIPEF admite “a não apresentação e esclarecimento deste projeto” e pede desculpas aos órgãos gestores, causa-nos estranheza porque flancos são abertos à democracia necessária às ações de infra estrutura que relacionam-se imediatamente ao processo educativo. Isto atinge diretamente a participação dos/as docentes na construção de suas condições de trabalho. Além disso, inviabiliza a divergência ou a convergência com os projetos de decisão da gestão da universidade e encaminhados pela SIPEF. A admissão da não discussão traz problemas que podem dificultar a solução de ações futuras. A APUR coloca-se em contraposição a ausência de debate e democratização das discussões acadêmicas.

2-       Condições de trabalho e projeto político da educação   – Tornamos pública a nossa preocupação com as questões político-didático-pedagógicas que a educação em containers pode nos causar. Em que medida será alterada nossa condição de saúde e de trabalho de modo geral? Em que medida esta estrutura está contextualizada com a identidade política da educação no interior da Bahia, onde as escolas do campo – no caso de Amargosa – são as que formaram, prioritariamente, na educação básica e depois no ensino médio, nossa população de discentes? Em que medida a gestão da universidade pode responder sobre o que entende por “emergencial e temporário”? Este espaço de educação compromete ou não o projeto político pedagógico dos cursos e o projeto institucional da Universidade? Por que a opção por este tipo de estrutura, enquanto as obras programadas já ultrapassaram seus prazos de entrega e/ou as já construídas não estão adequadamente climatizadas? Em que prazo e como os espaços usados para laboratórios serão adaptados para sala de aula?

Estas são algumas das questões que dizem respeito a garantia das condições de trabalho e de democracia e construção da educação.

Por uma educação pública e de qualidade!

 APUR

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