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APUR VAI ÀS RUAS DE CRUZ DAS ALMAS EM DIA NACIONAL DE LUTA

APUR VAI ÀS RUAS DE CRUZ DAS ALMAS EM DIA NACIONAL DE LUTA

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Atendendo ao chamado das principais centrais sindicais do país, inclusive do ANDES, a Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) foi às ruas neste dia Nacional de Luta (13). Juntamente com os demais integrantes do Fórum Sindical e Popular do Recôncavo, os\ as representantes da APUR percorreram o comércio da cidade de Cruz das Almas entregando panfletos que explicam a situação atual do país, em especial chamando atenção para o momento de ataque aos direitos dos\as trabalhadores\as.

O presidente da APUR, Antonio Eduardo Oliveira, explicou que a participação do sindicato, além de um momento conjunto dos sindicatos do Fórum, foi uma deliberação do 34º Congresso do ANDES, que decidiu se manifestar contra as medidas provisórias editadas pelo governo: “São medidas que vão de encontro aos interesses dos trabalhadores, e nós, enquanto sindicato, não podemos ficar calados diante de uma situação que nos afeta diretamente a nossa categoria”,  “Um outro aspecto é a luta contra a direita golpista que no atual cenário é fundamental” completou o presidente.

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O representante do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFBA e UFRB (ASSUFBA), Elielson Aquino, foi bastante categórico ao afirmar que as medidas que têm sido implementadas são uma clara tentativa de acabar com direitos importantes dos trabalhadores. “Os cortes que estão sendo feitos, principalmente com relação às universidades, com relação ao ensino, é uma afronta que a ASSUFBA não pode admitir. Por isso estamos aqui hoje. As questões do ensino, da educação e do bem estar do trabalhador são pontos que a ASSUFBA defende prioritariamente”, pontuou Elielson.

Ocorrendo em todo o país, o dia Nacional de Luta tem como principais reivindicações a retirada das Medidas Provisórias 664 e 665 e do Projeto de Lei 4330; pela defesa da Petrobrás e pela Reforma Política via Constituinte. Além dessas bandeiras nacionais, o Ato de hoje também foi um momento importante de amadurecimento político local. Segundo Antonio Eduardo, a cidade de Cruz das Almas não tem uma tradição muito clara em participar de movimentos de mobilizações nacionais, mas a APUR e os demais sindicatos decidiram fazer uma atividade pública e demonstrar que o Recôncavo da Bahia também está contrário às tentativas do golpe organizadas pela direita nacional.

Refletindo sobre o impacto do Ato em Cruz das Almas, Orlando Silva, representante do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF), seção Cruz das Almas, colocou que seu sindicato estava presente no também para defender uma EMBRAPA comprometida com os interesses da sociedade brasileira, e não somente com o agronegócio, mas também com a agricultura familiar e com o comprometimento com todo o processo de desenvolvimento do país.

DIA NACIONAL DE LUTA X CONJUNTURA POLÍTICA ATUAL

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O momento atual vivido pelo Brasil, classificado pelos mais diversos movimentos como um momento de grave crise política, também foi um dos impulsionadores para a realização do dia Nacional de Luta. Como bem lembrou o presidente da APUR, o Ato de hoje foi sim uma forma de se colocar contra a atual política do governo que vem retirando os direitos dos trabalhadores, mas também foi para se posicionar contra as tentativas golpistas da direita brasileira.

Para o professor Petry Lordelo, membro do Diálogo e Ação Petista (DAP), o dia Nacional de Luta se configura no sentido de buscar pressionar o governo para que ele atenda as reivindicações dos trabalhadores: “Nós, inclusive enquanto militantes petistas, elegemos um governo em suas primeiras ações fez foi retirar alguns direitos da classe trabalhadora. Então, uma exigência que fazemos é nenhum direito a menos, direito não se reduz, se amplia e se avança”, afirmou categoricamente o professor.

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O professor ainda deixou claro que mesmo sendo do mesmo partido do governo, o DAP está do lado da classe trabalhadora, e vai continuar tencionando para que todas as reivindicações sejam atendidas. “Seguiremos também tencionando para que governo cumpra o mandado, mas um mandato voltado para sua base aliada mais concreta, a classe trabalhadora. O PT tem se afastado da sua principal base aliada em nome da governabilidade, de alianças com partidos que não representam os interesses da classe trabalhadora”, concluiu Petry Lordelo.

Na visão de Gabriel Lima, analista de folha do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira (SINTRACOM-BA), o país vive um movimento contrário ao processo democrático que foi instalado nos últimos anos, um momento de retrocesso. Para ele, cabe aos movimentos sindicais lutar contra todo esse processo que tende acabar com a democracia do país. “Nós estamos reunidos aqui justamente para discutir a manutenção do processo democrático do país e, obviamente, a não entrega do Brasil às classes conservadoras que visam destruir o pouco que a classe trabalhadora tem conseguido nos últimos anos”, colocou Gabriel.

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