Todo/as aos atos e as manifestações neste dia 23 de setembro

Antonio Eduardo Alves Oliveira
Presidente da APUR e membro do CNG Andes.

IMG_0374-e1441736214536Os docentes federais em greve a quase quatro meses estarão no dia hoje participando de uma mobilização em defesa das reivindicações e contra o pacto de maldades do governo Dilma.
Junto com outras categorias do serviço público federal também em greve como a Fasubra e Sinasefe, os trabalhadores do INSS entre outras categorias estaremos em Brasilia e pelo país à fora protestando contra os cortes de verbas e em defesa do serviço público de qualidade.
Precisamos construir uma frente ampla de todos os trabalhadores para derrotar a direita dentro e fora do governo. É necessário uma frente única das organizações dos trabalhadores para organizar uma política defensiva para fazer frente a ofensiva contra nossos direitos.
Somos contra a política de cortes e ajuste fiscal do governo Dilma, mas também não vamos aceitar o golpismo da direita.
Lutamos contra os ataques do governo Dilma, que tem adotado o receituário da direita de colocar o ônus da crise nas costas dos trabalhadores.
Hoje em Brasilia o assunto mais esperado é a declaração do presidente do congresso, o conservador Eduardo Cunha sobre os encaminhamentos legais para a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma..
lutamos contra as medidas do governo, mas não podemos apoiar a queda do governo eleito democraticamente, não vamos nos enganar pela campanha das imprensa capitalista nem nos falsos argumentos jurídicos para justificar legalmente o golpe. impeachment é golpe!
Além do mais é importante entender que a queda do governo somente representaria a vitória das forças reacionárias que atacariam de maneira ainda mais violenta os direitos dos trabalhadores.
Lutar ao mesmo tempo contra o ajuste fiscal e os cortes no orçamento do governo Dilma e mobilizar contra os golpistas de direita que querem derrubar
o governo eleito.
A greve dos docentes realiza em contexto difícil de crise política e ofensiva contra nossos direitos. estamos exauridos , mas resistimos na defesa da universidade pública.
O governo não negocia com os trabalhadores, ameaça com cortes de ponto( já aplicaram com os trabalhadores do INSS), a imprensa capitalista faz o seu tradicional jogo sujo de atacar a greve, os reitores que sabem o tamanho da crise das universidades preferem a cômoda política de esperar para ver o que acontece. Nós já sabemos o que esta acontecendo, o sucateamento e desmantelamento das universidades públicas.
Nesse dia 23 vamos sair as ruas e mostrar que os docentes das universidades não vão se aceitar os ataques contra o serviço público e contra o conjunto dos direitos dos trabalhadores.
Junto com os estudantes e servidores técnicos vamos defender a universidade pública.
Estou em Brasilia, representando a APUR no comando nacional de greve junto com outros valorosos companheiro/as que com muita disposição estaremos logo mais na esplanada dos ministérios junto com o Fórum das Entidades dos Servidores públicos, com a CSP, com a CUT e a CTB participando da jornada de luta neste dia 23 de setembro. Depois na parte da tarde acontecerá uma importante plenária nacional dos docentes em greve.
Para encerrar, gostaria de fazer uma saudação especial aos docentes da UFRB, aos companheiros da Assufba e do movimento estudantil que estarão realizando grande ato/debate na reitoria da UFRB em defesa da nossa universidade, que este ano completou 10 anos de existência e é uma conquista da povo do Recôncavo da Bahia. A UFRB uma instituição que acolhe a juventude oriunda das camadas populares, em especial a população negra, encontra-se seriamente ameaçado pelos cortes verbas. A nossa greve é em defesa do direito do acesso e permanência dos trabalhadores e do povo no ensino superior. A pátria não educadora ( infelizmente) mas greve sim! Ela nos ensinou aos docentes que seu papel é muito mais do que repassar conteúdos em sala de aula. somos docentes e estamos em greve pois defendemos a universidade pública e o direito do povo trabalhador ao ensino superior de qualidade.
A nossa greve já vitoriosa, pois estamos na luta em defesa da nossa dignidade e da universidade pública. Independente do que vamos conseguir na negociação com o governo federal (vou ser sincero vamos ter muito pouco ou quase nada ) mas somos vitoriosos pois adotamos como linha de ação não se calar jamais e resistir sempre !

 

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