COMO DEFENDER A UFRB EM TEMPOS DE GOLPE?

COMO DEFENDER A UFRB EM TEMPOS DE GOLPE?

 David R. Teixeira

Eis um problema para todos, pelo menos aos que se interessam na defesa da UFRB como uma instituição pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. A realidade da crise política do país, agravada pelo golpe institucional, também tem seus impactos na UFRB, quer queiramos ou não.

Embora não seja unanimidade, parte significativa da comunidade acadêmica é contra as medidas do governo golpista, em destaque a PEC 241 (que ataca os investimentos públicos e o serviço público), a MP 746 (Reforma do Ensino Médio), a PL 4567/16 (que entrega o Pré-sal ao capital estrangeiro), a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista. Diante deste cenário é que urge a pergunta: o que fazer?

Na UFRB não resta dúvida que os maiores beneficiados com a política de interiorização das IFE é a classe que sempre foi alijada de acessar e permanecer no Ensino Superior público, a classe trabalhadora do Recôncavo. Antes mesmo de poder gozar de uma instituição consolidada e com as condições adequadas para o bom ensino, pesquisa, e extensão, a UFRB é atacada no seu orçamento comprometendo o seu papel social e a sua consolidação. Nossa comunidade universitária não sabe nem o que é poder compartilhar o espaço de restaurantes universitários, complexos esportivos, laboratórios e salas de aula adequadas, bibliotecas bem estruturadas; temos Centros que ainda nem possuem sua própria estrutura, e o anúncio do governo golpista é, CONGELAMENTO DE RECURSOS E SALÁRIOS POR 20 ANOS!

No desafio de defender a UFRB as organizações tomaram decisões em suas assembleias: os estudantes decidiram ocupar, os servidores técnico-administrativos decidiram greve nacional, os docentes aprovaram a construção da greve geral.  Em período de acirramento não existe espaço para quem gostam de se equilibrar em cima do muro. Para os que defendem o governo de exceção, resta o silêncio dos cemitérios, o ataque às organizações, e virar delator (X9) do governo golpista. Já para os que defendem a UFRB e o serviço público, o governo de exceção não deixa opções, reagir e lutar são as alternativas.

Sou solidário aos estudantes que estão nas ocupações na UFRB e pelo país, assim como apoio a greve nacional dos servidores das IFE. No dia 01/11, irei para assembleia fortalecer nosso sindicato e construir com minha categoria no dia 11/11, na UFRB, o Dia Nacional de Greve e Paralisação chamado pelas CUT e demais centrais, e você?

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