O CAHL E SEUS CONHECIDOS PROBLEMAS DE INFRAESTRUTURA
No início dessa semana, aulas de três salas (salas 1, 2 e 3) do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) foram paralisadas para realização de manutenção. A medida foi uma resposta à reclamação dos estudantes do 5º semestre de Serviço Social, que denunciaram os problemas de infraestrutura de algumas salas do Centro. A denúncia dos estudantes apenas mostra uma parte de uma problemática global que tem afligido há muito tempo a comunidade acadêmica do CAHL.
A docente de Serviço Social, Lúcia Maria Queiroz, afirmou que os problemas de infraestrutura no Centro são inúmeros e expôs as dificuldades que tem enfrentado para desempenhar suas atividades: “Está impossível ministrar aula na sala 10. Este semestre tenho 60 alunos, em uma sala mínima, com dois aparelhos de ar condicionado quebrados, e aulas no horário das 13 às 17 horas. Na sala 03, onde também leciono, o cheiro de mofo tem impedido as aulas. Esta semana fizeram algumas melhorias na sala, mas, como ainda não dei aula lá, não sei o resultado. Há problema de disponibilidade de transporte para as atividades de campo, dentre outros”, informou a docente.
O aluno de História, João Paulo do Carmo, colocou que, apesar de ser o Campus mais próximo da Reitoria, o CAHL tem se caracterizado, sobretudo, pela condição caótica de funcionamento, e enumera alguns dos problemas que, apesar de já serem do conhecimento de todos, ainda seguem sem solução: “Disciplinas sem professores em vários cursos, acessibilidade precária, ausência de rapidez e agilidade na contratação de docentes tendo em vista a demanda, alguns cursos ainda contam com muito pouca literatura na biblioteca para consulta, além disso, temos uma internet muito fraca”, pontuou João Paulo.
Para João Paulo, os maiores prejudicados são os estudantes, na medida em que a inexistência ou precariedade de serviços básicos interferem diretamente na aprendizagem: “A Licenciatura em História, por exemplo, não tem um professor presencial para a disciplina de Libras, cumprimos a carga horária através de um curso feito por meio de uma animação computadorizada, cujos diálogos já estão predeterminados. Como esses futuros professores poderão se comunicar com os estudantes surdos do Recôncavo, se não têm acesso na universidade às linguagens e identidades surdas da região?”, questionou o estudante.
PROTESTO
Na última sexta-feira (19), estudantes do 5º semestre de Serviço Social publicaram em rede social fotos onde aparecem assistindo aula com máscaras. A atitude foi um protesto às péssimas condições das paredes das salas e de inúmeros problemas de infraestrutura do Centro. As paredes de algumas salas, em especial a 3, local do protesto, estão com mofo, o que coloca em risco o bem estar de alunos e professores, já que pode causar problemas respiratórios.
Em resposta à denúncia dos estudantes, a direção do Centro emitiu uma nota no sábado (20), deixando claro que, tanto a direção do Centro quanto os órgãos competentes, estão cientes das condições de degradação física do CAHL e já vem solicitando resposta: “Repetidamente a Direção deste Centro tem apontado as condições de degradação física do Quarteirão Leite Alves e solicitado aos órgãos competentes sua manutenção. Mesmo que haja por parte das instâncias responsáveis pela manutenção predial da universidade o reconhecimento da necessidade de medidas para solução dos problemas apontados, até aqui todas as providencias adotadas têm se mostrado paliativas e/ou emergenciais”, Trecho retirado da nota publicada na página do Centro. http://www.ufrb.edu.br/cahl/noticias/1055-direcao-do-cahl-anuncia-obras-de-manutencao
Como solução para o problema de algumas salas, a direção também anunciou a suspensão de todas as atividades acadêmicas previstas para as salas 1, 2 e 3, durante os dias 22 e 23/07, para que fossem realizadas obras de manutenção.