Na última segunda-feira, 31/03, docentes e discentes do Centro de Formação de Professores (CFP), localizado no município de Amargosa, além de estudantes de escolas do ensino médio e representantes da comunidade, participaram dos atos organizados pela diretoria da APUR intitulado DITADURA NUNCA MAIS: 50 anos do golpe.
Pela manhã, a Profa. Kiki Givigi coordenou os debates a partir do tema Golpe: sobrevivência e vida, a luta como potência, após a exibição do documentário, de Lúcia Murat, Que bom te ver viva! Na oportunidade, se tratou das tecnologias de poder que visam produzir a morte e como os sujeitos podem, apesar disso, resistir, subvertendo a ordem, e produzir vida.
Já o Prof. Ricardo Henrique Andrade, durante a tarde, rememorou a resistência ao regime militar, através da oficina Retórica das canções: a linguagem da fresta, oportunidade em que se apresentaram elementos da produção artística de Chico Buarque de Holanda durante os anos de chumbo, com ênfase na sua habilidade em ludibriar a censura vigente a época.
Por fim, no turno noturno, aconteceu a discussão sobre Os 50 anos do golpe: motivações e desdobramentos, tendo como debatedores os professores Luiz Nova (UFRB) e Gustavo Falcón (UFBA), em que se buscou construir um quadro da cena vigente nos estertores governo João Goulart, bem como, as implicações posteriores à ação civil-militar que solapou a democracia brasileira durante 21 anos.
O comparecimento, aos atos, registrou 115 participações. Assim, a APUR espera ter contribuído para o registro de nossa preocupação com a construção de uma sociedade democrática e participativa, em que os sujeitos sejam livres para se expressar, defender suas ideias e construir, portanto, um paradigma de vida menos autoritária e mais humana através da política.