O conselho de representantes da APUR se reuniu ontem (15) na sede do sindicato em Cruz das Almas. O objetivo da reunião foi discutir a Campanha salarial 2014: encaminhamentos da reunião do setor das Instituições Federais do ANDES e Mobilização pela pauta local na UFRB. Na oportunidade, os representantes também fizeram um balanço das atividades sobre os 50 anos do Golpe que deu início a um período de 21 anos de ditadura no Brasil.
Antes de entrar nas discussões da pauta, os professores fizeram breves relatos de como foram as atividades, em seus Centros, dos atos promovidos pela APUR sob o título de DITADURA NUNCA MAIS: 50 anos do Golpe. De maneira geral, os docentes consideraram as ações bastante positivas, mesmo em meio ao fim do semestre, o que costuma desmobilizar as pessoas: “Realizar uma atividade nesse contexto foi positivo pelo fato de termos marcado politicamente um espaço”, afirmou o Tarcísio Cordeiro, representante sindical do CFP.
Quanto ao primeiro ponto – Campanha salarial 2014: encaminhamentos da reunião do setor das Instituições Federais do Andes, o presidente da APUR, David Teixeira, começou fazendo um apanhado de como foi a reunião realizada em Brasília, nos dias 29 e 30 de março. Segundo ele, na reunião, ficou claro que houve grande desmobilização por parte de muitas universidades nas atividades do dia nacional de paralisação (19 de março), que contou com pequeno número de docentes em suas atividades. Sendo que a paralisação tinha o objetivo de medir a disposição dos professores em relação a uma possível greve que, entre outras coisas, pretende reivindicar melhoria salarial.
David Teixeira aproveitou para lembrar que, ao contrário do que ocorreu em várias universidades, os docentes da UFRB compareceram em peso na assembleia marcada para o dia da paralisação, mais de 100 docentes. O que mostra que esses docentes estão mobilizados: “O que fizemos foi muito positivo, fomos uma das poucas que pararam dia 19”, salientou o presidente.
Assim como na última assembleia da APUR, os representes do conselho avaliaram a conjuntura para uma possível greve. Para o secretário da associação, o professor Antonio Eduardo, a APUR deve manter a mesma postura de sempre, que é respeitar a opinião da base: “Analisar cenário a cenário, ver o que o pessoal está pensando. A posição da APUR é sempre ouvir a opinião da assembleia”, afirmou o professor.
Neste mesmo sentido, o professor do CAHL, Fabrício Lyrio, lembrou que uma possível greve tem que ser amadurecida tanto em âmbito local quanto nacional, mas que a APUR, por ter conseguido construir uma imagem de respeito nos dois âmbitos, tem capacidade de fortalecer a discussão: “O sindicato se fortaleceu ao mostrar uma posição de equilíbrio, a APUR não reproduz os modelos já marcados. A pauta local deve ser um movimento que não podemos perder”, defendeu Fabrício.
A APUR sempre prezou muito as mobilizações em prol da pauta local. Por isso, a reunião também discutiu os próximos passos da luta. Dentre outras questões que a associação dará atenção, os representantes decidiram focar em quatro pontos específicos de luta, uma forma de não dispersar nas discussões, bem como de aumentar a possibilidade de resolução. Então, decidiram pelos pontos: Carga horária mínima de 8 horas em sala de aula; Contra o desvio da função docente e a favor da contratação de servidores técnico-administrativos; Atenção especial às obras de infraestrutura dos centros; e Transparência, democracia e autonomia universitária.
A reunião contou com as presenças dos professores David Teixeira (CFP), Herbert Martins (CAHL), Antonio Eduardo Oliveira (CAHL), Nilton Cardoso (CETEC), Tarcísio Cordeiro (CFP), Givanildo de Oliveira (CCS), Maurício Silva (CAHL), Fabrício Lyrio (CAHL) e Fabiano Martins (CCAAB).