O processo de consulta para indicação de Reitor e Vice-Reitor envolve toda a comunidade acadêmica, que por meio de seus representantes constitui uma Comissão Especial responsável pela elaboração do edital e das regras da consulta, como também para o desenvolvimento do pleito.
Assim sendo, as três categorias fizeram uma reunião para formar a comissão eleitoral. Os representantes docentes na comissão apresentaram propostas de alterações nas regras da consulta conforme a deliberação da assembleia (ver nota), que entre outras coisas propunha que para o cálculo do escore fosse utilizado apenas os votos denominados válidos (descontando-se abstenções e votos brancos e nulos) e eleição em dois turnos, no caso de mais de dois candidatos. Entretanto, os representantes das demais categorias não concordaram e, como na deliberação da própria assembleia docente, nossa intervenção pautou-se pela busca do consenso da comunidade acadêmica, e no sentido de contribuir com o processo eleitoral foram aceitas as mesmas regras utilizadas na consulta anterior. E, portanto, ao final dessa primeira reunião deliberou-se pela manutenção das regras de paridade utilizadas na última consulta.
Posteriormente, no fechamento do edital, foi solicitada a rediscussão do processo pela representação estudantil, ou seja, foi recolocada a proposta da consulta paritária com os votos válidos (descontando-se abstenções e votos brancos e nulos). Isso levou um impasse junto à representação dos servidores técnico-administrativos, que considerava a discussão vencida. Neste quadro, a representação docente buscou mais uma vez o consenso, entendendo que as regras da consulta têm que ser uma construção compartilhada, e que uma discussão mais aprofundada seria realizada na estatuinte, pois somos favoráveis a um processo democrático efetivo, com eleições e não consulta. Contudo, o consenso não foi alcançado e agendou-se outra reunião prevista para o dia dez de março, para que a categoria dos técnico-administrativos pudesse, reunida em assembleia, deliberar sobre o tema.
Assim, causa-nos surpresa que pessoas alheias e não presentes na principal e mais importante ação deliberativa do sindicato dos professores, refirí-mo-nos à assembleia, agora tragam à tona debate infecundo e impróprio acerca das regras de condução da consulta, acusando este sindicato de ferir aos interesses dos docentes.
Vale salientar que estamos no sindicato representando toda a nossa categoria e não apenas aqueles que nos elegeram, mas vale lembrar que a ideia de representação não implica em não participação e ou omissão, nem em propagação de inverdades, sem debate político.
Assim sendo, convido a todos que aqui nos criticam a comparecer e promover, diante da categoria, um debate político propositivo, fecundo e crítico sobre a nossa universidade, despindo-nos das formulações acríticas e desinformadas. Na próxima reunião da Comissão Especial, marcada para o dia 10 de março, a representação docente buscará mais uma vez uma maneira de superar o impasse, para que o processo de consulta seja realizado com a participação da comunidade acadêmica. Não apoiamos qualquer tipo de manobra nem pressão dos dois grupos que atualmente integram a reitoria sobre a comissão eleitoral.
Ao continuar o impasse entre os representantes das categorias não vamos ter o voto de minerva na comissão eleitoral. Convocaremos uma assembleia geral docente para deliberar sobre a posição da APUR, e esperamos que todos, inclusive os colegas que nos criticam, possam comparecer para discutir democraticamente no fórum legitimo do sindicato.
Cruz das Almas, 5 de março de 2015
Diretoria da APUR