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CONSULTA PARA REITORIA DA UFRB: Assembleia geral da APUR aprova voto paritário apenas com os votos válidos

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Com a participação inédita de todos os centros da UFRB, a assembleia geral da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR), ocorrida nesta quinta-feira (19), referendou (com 37 votos a favor, 30 contrários e 2 abstenções) a posição da assembleia anterior quanto ao modelo de votação a ser adotado na consulta para reitoria da UFRB. Após um amplo debate sobre o assunto, os docentes decidiram pela paridade dos votos, sendo que essa paridade será calculada apenas com os votos válidos.

Além de mostrar a opinião da categoria sobre a questão dos votos na UFRB, a decisão dos/as docentes serviu para fortalecer sua instância máxima de decisão, a assembleia geral, já que não houve controvérsia com a postura tomada anteriormente. Para o professor David Teixeira, diante do impasse na comissão eleitoral, a diretoria da APUR fez bem em chamar uma nova assembleia, mas que é necessário que se respeite as decisões: “Nós não vamos aceitar qualquer desrespeito às proposições defendidas em assembleia,” ratificou o professor.

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Exatamente esse histórico de respeito que a APUR tem com as decisões da categoria foi amplamente elogiado nas falas docentes. O professor Kleber de Souza parabenizou a associação por seu posicionamento na comissão eleitoral, que foi o de ouvir sua base antes de chegar a alguma conclusão. Inclusive, o professor foi um dos que defendeu a paridade dos votos válidos: “Uma paridade real, onde a fórmula de calcular é a quantidade de votantes, e não o universo total capaz de votar”, explicou Kleber.

Para o professor Jorge Cardoso Filho, diferente de algumas posições que acreditam no esvaziamento político, levar em consideração os votos de quem realmente participa é uma maneira de valorizar e incentivar cada vez mais a participação nos processos de escolhas para dirigentes. Em sua visão, a categoria docente está precisando de um amadurecimento político acadêmico, pois a consulta para reitoria é apenas uma dentre tantas questões quem precisam ser debatidas.

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Para além da decisão tomada pela maioria, a assembleia teve um êxito que não pode ser medido por número de votantes, uma participação democrática, em que o espaço esteve franqueado para todas as opiniões, mesmo que divergissem da diretoria da APUR. Nas palavras do professor Tarcísio Cordeiro: “Estamos num espaço altamente democrático e representativo. Mesmo que a consulta para reitoria não seja uma eleição de fato, estamos aqui defendendo um movimento político histórico, defendendo a decisão de nossa categoria”.

A assembleia também aprovou que a APUR deve entrar no processo de mobilização da campanha salarial 2015, participando da Jornada Nacional de Lutas prevista para os 6 a 9 de abril, sendo que a APUR indicará ao sindicato nacional que no dia 9 ocorra uma paralisação nacional docente. Também ficou aprovado que a associação levará ao sindicato nacional a decisão de aguardar os encaminhamentos da greve unificada dos servidores públicos federais para depois discutir com a categoria, bem como que se deve pressionar o governo pela revogação imediata do corte de 7 bilhões no orçamento na educação.

 

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