Os docentes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) se reuniram em assembleia nesta quinta-feira (26). A assembleia foi chamada para que fosse discutida a proposta que o governo encaminhou ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). Além da proposta, também estava em pauta a prestação de contas e a redistribuição de cargos na diretoria da APUR.
Sobre a proposta do governo, ele manteve o reajusta salarial de 10,8% em dois anos (5,5%, em agosto de 2016, e, adicionalmente, em 5,0%, em janeiro de 2017), os reajustes de benefícios também já anunciados anteriormente, e acrescentou proposição no ponto Reestruturação de carreiras (o ofício com a proposta completa já foi disponibilizado no site da APUR).
Na visão do professor Tarcísio Cordeiro, o que o governo propõe para a reestruturação da carreira não é ruim, mas os percentuais são insuficientes e distantes do que já foi apresentado no passado. No entanto, está claro que, mais uma vez, o PROIFS vai assinar, enquanto que o ANDES-SN vai rejeitar. “A gente tem que ter é uma maturidade de que deixar a carreira desestruturada é algo que nos fragiliza”, ponderou o professor.
Os docentes entendem e dão razão ao ANDES-SN sobre os números apresentados pelo governo estarem aquém do que já foi, todavia a crítica que se faz é ao fato de o ANDES-SN ter feito uma greve e, mais uma vez, quem acaba saindo como protagonista é o PROIFS, assinando o acordo com o governo. Para o presidente da APUR, Antonio Eduardo Oliveira, a questão não é fazer ou não um acordo, já que ele será assinado por um dos sindicatos. “A estratégia nem é de fato do PROIFS, é do governo, que fez uma proposta num pior momento. O PROIFS quer dizer que assinou o acordo, que bom ou ruim tem ganhos”, afirmou o presidente da APUR.
Ainda segundo o professor Antonio Eduardo, é necessário que o ANDES-SN também entre nas negociações sobre os percentuais apontados no ponto sobre a reestruturação da carreira. E é papel da categoria docente tensionar o sindicato nesse quesito. “Fazemos greve, e o pelego assina com o governo. Nós fizemos a greve e não podemos deixar que façam o que quiser. Temos que manter nossa coerência, mesmo não sendo o fator decisivo do jogo”, finalizou Antonio Eduardo.
Ao final da discussão, a assembleia manteve a decisão da assembleia anterior relativa ao aceite do índice e período do reajuste salarial, e no que se refere à reestruturação da carreira e os demais aspectos funcionais, a assembleia delega ao ANDES-SN a negociação conforme os estudos feitos pelo sindicato. O professor Antonio Eduardo irá representar a APUR na reunião do ANDES-SN, que ocorrerá neste fim de semana.
Sobre os demais pontos de pauta, a documentação da prestação de contas da gestão anterior da APUR foi acolhida, e depois será encaminhada para o Conselho Fiscal. A assembleia também votou sobre a redistribuição de cargos na diretoria da associação. A professora Alessandra Caiafa, impossibilitada de continuar no posto de tesoureira, pediu um remanejamento. Sendo assim, o posto agora será ocupado pela professora Gleide Sacramento, que era suplente de secretário, posto que será ocupado por Alessandra.