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Governo golpista fere trabalhadores na maior manifestação da última década: FORA TEMER, DIRETAS JÀ!

Governo golpista fere trabalhadores na maior manifestação da última década: FORA TEMER, DIRETAS JÀ!

Uma multidão de trabalhadores ocupou Brasília no dia de ontem (24) exigindo a saída imediata de Michel Temer da presidência da república. Segundo alguns números publicados pela imprensa, estiverem presentes cerca de 200 mil pessoas, o que fez do Ocupa Brasília a maior manifestação da capital do país na última década.  E dentre essas pessoas lá estavam os representantes da APUR representando xs docentes da UFRB e fazendo valer a decisão da assembleia do ano passado:: “Fora Temer”.

Para o presidente da APUR, professor David Teixeira, foi um ato muito importante, certamente um dos maiores atos da classe trabalhadora brasileira. “A presença de nossa universidade foi muito importante, tinha uma presença muito grande de professores de universidades, representados por suas seções, inclusive junto ao sindicato nacional, o ANDES-SN.  A classe trabalhadora marchou demonstrando a resistência dos trabalhadores frente às reformas”, afirmou David. 

Além da imediata saída do governo golpista, o Ocupa Brasília também foi uma manifestação contra as Reformas da Previdência e Trabalhista e pela revogação da Lei das Terceirizações. De acordo aos relatos das centrais sindicais, a marcha seguiu organizada e tranquila indo em direção ao Congresso Nacional. Lá, uma barreira da Polícia Militar e Polícia Legislativa do Distrito Federal barrou a ocupação dos manifestantes.

Como já era de se esperar de um governo ilegítimo, denunciado e investigado, os manifestantes foram atacados pelas forças de segurança do Distrito Federal. O presidente golpista e corrupto ainda autorizou que a Força de Segurança Nacional saísse às ruas, fazendo uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo, mas há denuncia de uso de outros instrumentos como armas de fogo, cassetetes, escudos, etc.. Para se defenderem da brutal violência, os manifestantes queimaram pneus e montaram barricadas.

Dados que circulam na imprensa nacional e internacional dão conta de que, pelos menos, 49 pessoas se feriram durante o protesto. É bom ressaltar que ainda que os militares já tenham feito a segurança em momentos como os Jogos Olímpicos, com a determinação do presidente de que 1.500 homens das Forças Armadas façam o policiamento dos prédios públicos até o dia 31 de maio, esta é a primeira vez, na democracia, que Brasília seria guardada por militares, já que, mostrando que não tem controle algum em suas ações, o presidente ilegítimo voltou atrás e revogou o decreto que autorizava a atuação do exército na capital federal.

A manifestação Ocupa Brasília foi de extrema importância para potencializar que a classe trabalhadora não vai aceitar as reformas e a retirada de direitos. Nesse sentido, o professor David Teixeira explicou que o próximo passo a tirar dessa iniciativa é a construção da greve geral, certamente nas primeiras semanas de junho, a fechar a data. “No âmbito local, nos próximos dias, construiremos uma agenda na UFRB, focada também nos Centros, para que possamos dialogar o contexto e a situação das reformas da previdência e trabalhista, e o impacto disso na universidade e na vida dos trabalhadores da UFRB”, completou o presidente da APUR.

A delegação da qual a APUR fez parte contou com  a contribuição de outros sindicatos da Bahia, e deixa aqui registrados seus agradecimentos, em especial ao Sindicato dos Empregados de Empresa de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado da Bahia (SINDIPEC) que disponibilizou vagas para a APUR.

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