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TODA SOLIDARIEDADE À COMUNIDADE DO QUILOMBO RIO DOS MACACOS E AOS ESTUDANTES E PROFESSORAS DA UFRB

Fotos: Rede Social – Bete Delfino

Na última quinta-fera (26), estudantes e professoras do componente Tópicos Especiais I: Educação Popular, Movimentos Sociais de Resistência e Processos Alfabetizatórios da Classe Trabalhadora – Mestrado Profissional em Educação do Campo- UFRB; PET Educação e Sustentabilidade-UFRB; Programa de Extensão Tecelendo- UFRB foram impedidos de realizarem uma visita para atividade pedagógica no Quilombo Rio dos Macacos. A visita já havia sido previamente combinada com o próprio Quilombo, ainda assim, ao se aproximarem da Base Militar da Marinha, estudantes e professores foram impedidos de avançar sem nenhuma explicação plausível.

Em comunicado, os estudantes e professoras revelaram que, no episódio em questão, “as diferentes formas de agressão ao ser humano foram presenciadas por todos e sentida na pele, mais uma vez, pelos quilombolas. A superação das condições desumanizadoras em que vivem os moradores da comunidade só é possível com postura de enfrentamento e de denúncia”.

Eles também nos explicam que a comunidade não é propriedade da Marinha, sendo assim, o acesso a ela deveria ser garantido independente da autorização desse órgão, mas, infelizmente, não foi o vivenciado, evidenciando que as formas de acesso são desiguais entre àqueles que moram na Vila Militar e os que moram no Quilombo Rio dos Macacos.

Fotos: Rede Social – Bete Delfino

Vale ressaltar que, como a maioria das comunidades tradicionais brasileiras, o Quilombo Rio dos Macacos está situado em um contexto de conflito. Os estudantes e professoras envolvidos na atividade explicam que o “conflito pela terra e pela garantia dos direitos humanos faz parte de uma luta diária contra a violação dos direitos, a usurpação dos territórios das comunidades tradicionais e impacta diretamente na materialização da vida dessas comunidades”.

As atividades planejadas haviam sido distribuídas entre os estudantes e professoras; e que tinha a intenção tanto de contribuir com o Quilombo Rio dos Macacos, quanto ser um espaço de produção de conhecimento, atravessando atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Diante de um episódio tão lamentável, a APUR torna pública sua total e irrestrita solidariedade à Comunidade do Quilombo Rio dos Macacos e aos estudantes e professoras da UFRB. A direção da APUR considera a intervenção da Marinha inaceitável, e considera muito preocupantes estas medidas de exceção que estão acontecendo pelo país desde o golpe na presidência da República.

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