A direção da APUR vem publicamente repudiar o brutal assassinato da estudante Elitânia de Souza da Hora, de 25 anos, aluna do sétimo semestre do curso de Serviço Social, do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), da UFRB, nesta quarta-feira (27), e prestar solidariedade à família e à comunidade da Bacia e Vale do Iguape.
Elitânia, uma liderança quilombola, foi morta a tiros quando voltava para casa a pé, em Cachoeira, por um homem identificado como seu ex-namorado, contra o qual já constavam medidas protetivas, que, no entanto, não foram suficientes para evitar o violento feminicídio.
Pelos dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2018, a cada oito horas, uma mulher foi vítima de feminicídio no país. É uma estatística chocante, que revela a barbaridade crescente que vitima mulheres no Brasil, em especial mulheres negras.
Tais fatos não podem ser naturalizados pela sociedade, e é imperativo que se reconheça a motivação de gênero que move a violência contra as mulheres, chamando pelo nome correto o assassinato de mulheres pelo fato exclusivo de serem mulheres: feminicídio.
Nós da APUR nos colocamos ombro a ombro com todas as organizações que cotidianamente enfrentam o machismo, as violências domésticas e o feminicídio. Exigimos rápida investigação, julgamento e punição ao assassino!
ELITANIA DE SOUZA, PRESENTE!