A direção da APUR se reuniu online nesta quarta-feira (15) com o Conselho de Representantes para discutir a situação atual, especialmente a pandemia do coronavírus, e fazer alguns encaminhamentos para a continuidade do trabalho sindical em tempos de isolamento social.
Sabendo da importância do acolhimento docente, ainda que à distância, a diretoria da APUR fará reuniões sindicais online por centro, entre os dias 20 de 30 de abril. O dia e horário de cada centro serão discutidos com os representantes sindicais e anunciados posteriormente.
Após as reuniões sindicais, no dia 1º de maio, ocorrerá uma Plenária Unificada online, às 14 horas. A plenária será um momento de conversa e encaminhamentos sobre a situação atual (saúde, educação, política etc), afinal de contas pensar e discutir as condições sociais também é fazer universidade.
No decorrer da reunião, os/as docentes discutiram sobre os desafios do ensino na conjuntura atual de cancelamento das atividades da universidade por conta da pandemia. Ficou claro que muitas discussões serão necessárias, não apenas na questão da educação, mas também na parte administrativa da universidade.
A questão do ensino à distância foi levantada na discussão, e uma das preocupações colocadas diante disto foi a realidade dos estudantes, que podem não ter condições de acesso necessárias para esse tipo de ensino. Sem contar que o ensino fica comprometido, principalmente porque a UFRB tem muitos cursos que necessitam de atividades práticas.
Em se tratando de uma reunião sindical não poderia faltar o elemento político da situação atual. Uma das falas explicitou que mesmo em momento de crise, a luta de classe não desaparece, pelo contrário, ela se acirra; por isso que a classe trabalhadora tem sido a mais afetada com os desdobramentos da crise na saúde. Uma crise que não é fruto da pandemia do coronavírus, mas que tem sido gestada há alguns anos por meio dos cortes em orçamentos, um completo desmantelamento do sistema de saúde.
A inquietação docente no momento atual é natural, mas é importante que os/as professores/as tenham em mente que não estão em casa porque querem, não estão de férias, como muitos poderiam pensar, mas estão em casa em defesa da vida, evitando que haja um maior número de contaminação e sobrecarga do sistema da saúde.
Pensando na necessidade de ampliar a discussão sobre o trabalho docente em tempo de pandemia, alguns encaminhamentos foram aprovados: coletar informações junto à SEAD sobre capacitação docente, no sentido EAD, e apoio pela administração central; se informar junto à administração central sobre a possibilidade de pedido de férias docente.
Além da preocupação com a saúde, a reunião deixou evidente a importância de não deixar a luta sindical de lado, por isso a APUR continua respondendo às demandas cotidianas da categoria docente, bem como tem procurado ampliar as formas de contato com os/as professores/as, então dará continuidade às lives com temas que interessam a categoria.
Por fim, ficou aprovado que a linha do sindicato será a Defesa da Vida, Empregos e Salários, uma política de luta pelos direitos da categoria docente, mas também de organização e esclarecimento sobre a gravidade da situação.
Participaram da reunião a direção da APUR – David Teixeira, Djenane Brasil, Orahcio Felício, José Santana, Renata Gomes e Antonio Eduardo; e representantes sindicais – Maicelma Maia (CFP), José Arlen (CFP), Leila Longo (CCAAB), Leopoldo Barreto (CCAAB), Givanildo Oliveira (CCS) e Érico Gonçalves (CETENS).