NOTA DE PESAR

A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) expressa sua tristeza e pesar pela partida do companheiro Antonio Eduardo Alves de Oliveira, Eduardinho, Dudu, que integra a história desta entidade como militante ativo das nossas pautas, das lutas e das negociações. Por sua habilidade, capacidade, espírito solidário e incansável atividade política, Eduardo é parte de nossa história e se inscreve em momentos de construção coletiva, para sempre parte de nossas memórias. Foi presidente da APUR de 2015 a 2016, importante representante nas greves de 2012 e 2015, deixando marcas produtivas na defesa da educação pública e gratuita, da autonomia universitária e na incontestável energia no combate às desigualdades sociais e políticas da Bahia e do país. Por sua inteligência e companheirismo, Eduardo fez inúmeros amigos e aliados, entre docentes, discentes e servidores técnicos da UFRB. Estrela vermelha no céu sombrio dos governos fascistas, Dudu escarificou frases de esperança, de perseverança e de permanência ao lado de trabalhadores, de trabalhadoras e de populações minoritárias do Recôncavo, não deixando a nenhum de nós dúvidas sobre a necessidade de permanecer e insistir na construção de uma sociedade sem opressões. Aprendemos muito com Eduardo. A nós, resta sua eterna presença e inconteste energia abastecendo nossa força, avermelhando nossa alma, apertando nossas mãos com solidariedade e fazendo-nos ainda mais certos de que sua passagem por aqui valeu muito a pena para nós. Nosso carinho à sua família e amigos. A APUR segue com seu exemplo. Avante! Eduardo, presente!
PLANTÃO DE FUNCIONAMENTO DA APUR

DEVIDO OS FESTEJOS DE FIM DE ANO, INFORMAMOS QUE A APUR ESTARÁ DE RECESSO DE 23/12/20 A 29/1/21. TODAVIA, PENSANDO NO MOMENTO ATUAL QUE VIVEMOS E NAS POSSÍVEIS NECESSIDADES DA CATEGORIA, ESTAREMOS DE PLANTÃO PARA SUPRIR TAIS NECESSIDADES. A ASSESSORIA JURÍDICA CONTINUARÁ COM ATENDIMENTO PELO E-MAIL apurjuridico@gmail.com ou pelo telefone: (71) 4009-0000. E TAMBÉM ESTAREMOS DISPONÍVEIS PELO E-MAIL: apurdiretoria@gmail.com. PLANTÕES DE 23/12 A 10/01 Aline Sampaio – 75 99166-0054/8190-8816 David Teixeira – 75 99103-9568 Laís Pinto – 75 99916-8598 DE 11/01 A 29/01 Orahcio Sousa – 75 99200-4675 Laís Pinto – 75 99916-8598
Colegas da UFRB,

Estamos nos aproximando de mais um final de ano! Um ano extremamente difícil para toda a população mundial, que foi pega de surpresa com a pandemia do coronavírus, que já levou muitas vidas. Infelizmente, 2020 será um ano que todos nós gostaríamos de esquecer. Não bastasse o enfrentamento à pandemia, tentando cuidar de nós e dos nossos, ainda tivemos que travar batalhas contra um governo autoritário e genocida, que desdenhou da gravidade da pandemia, mesmo o país perdendo inúmeras vidas todos os dias. Além disso, o governo Bolsonaro aproveitou o momento para efetuar mais ataques à educação, anunciando cortes no orçamento, e aos servidores e serviços públicos por meio da proposta de reforma administrativa. Não podemos esquecer a autonomia universitária que vem sendo totalmente desrespeitada. Não restam dúvidas, não há saídas positivas com este governo. No entanto, nem o isolamento social e nem os constantes ataques do governo diminuíram as nossas ações de luta em defesa de nossa categoria. Conseguimos manter a nossa comunicação ativa, sempre atentos às necessidades dos/as filiados/as. Fizemos reuniões sindicais com todos os centros da UFRB, e fortalecemos a articulação com os sindicatos da região. Uma decisão acertada, já que a partir delas surgiram pautas e orientação para nossas ações. É verdade que estamos vivendo uma situação atípica, mas também é verdade que nós professores/as seguimos em frente na luta pelos nossos direitos e em defesa do nosso país. Mas 2021 está se aproximando, e ainda temos muitas batalhas para travar. Infelizmente, a pandemia e a crise econômica ainda não acabaram, então, enfrentá-las se faz urgente e necessário. Para tanto, é imprescindível defender o SUS, a ciência, a educação pública e a democracia. Temos muitas frentes de lutas, por isso é importante que todos/as se cuidem, pois contamos com todos e todas vocês para construirmos um 2021 de grandes conquistas. A APUR deseja um bom final de ano e um feliz 2021 a todos/as docentes da UFRB! Cruz das Almas, 22 de dezembro de 2020.
APUR DISCUTE CARGA HORÁRIA DE ENSINO DO PRÓXIMO SEMESTRE COM A REITORIA DA UFRB

Ontem (9), a direção da APUR se reuniu com a administração central da UFRB para tratar da pauta docente discutida na última assembleia da categoria, realizada no dia 27/11, e em especial para discutir os encargos docentes relacionados ao ensino do próximo semestre. Na reunião, a diretoria apresentou a posição da assembleia que reafirmou a pauta já defendida em relação ao semestre remoto suplementar, que já foi objeto de negociação com a administração da universidade anteriormente, com destaque para a posição de sermos contra o retorno às atividades presenciais sem a garantia das condições de segurança. Na discussão, os representantes da administração central apresentaram suas preocupações com o funcionamento da universidade, destacando a preocupação com o orçamento, ainda não aprovado na Câmara de Deputados, e justificaram a necessidade de garantir que os encargos docentes para ensino não sejam inferiores a 8 horas semanais. Ainda segundo posição da administração central, no próximo semestre, a UFRB precisa concentrar sua força de trabalho nas atividades de ensino. A direção da APUR colocou sua inquietação com relatos de professores que estão preocupados com o esforço de assumir carga horária de 8 horas no formato remoto, e situações de planejamentos que estão discutindo atribuição de carga horária de até 12 horas (a administração informou desconhecer esta ocorrência). Embora prevista na resolução CONSUNI 05/16, destacamos que a mesma foi elaborada pensando o ensino presencial. A APUR colocou a posição da assembleia de que num ensino remoto é preciso resoluções que façam adequações ao formato temporário de ensino assumido pela instituição, que possibilite amparo às situações excepcionais de alguns cursos e Centros de Ensino e que garanta as condições básicas de ensino, trabalho e saúde. Não foi possível chegar a um acordo referente a adequações da carga horária inferior ao mínimo de 8 horas. Para a administração central da UFRB, estas possibilidades de adequações estão presentes na resolução que aprovou o novo calendário acadêmico, por exemplo, quando é permitido o compartilhamento de disciplinas. Diante da falta de acordo sobre este ponto, foi acordado que é preciso discutir no CONSUNI uma resolução que regule o próximo semestre, como a resolução 03/20, que foi feita pensando o semestre suplementar, fruto das reivindicações da categoria dos professores. Ficou acordado que a APUR encaminhará o mais rápido possível suas indicações para a discussão de uma proposta de minuta de resolução a ser discutida no CONSUNI.
JOVEM NEGRO É MORTO PELA POLÍCIA NA CIDADE DE SÃO FÉLIX E GERA REVOLTA NA POPULAÇÃO

Mais um jovem negro foi morto pelas mãos de policiais na Bahia. Dessa vez, a vítima foi Davi Pereira dos Santos, de 22 anos. Morador da cidade de São Félix, Davi foi morto a tiros por policiais no último sábado (5), quando, segundo relatos, estava indo para casa de moto, na companhia de um amigo, depois de um dia intenso de trabalho. A vítima era barbeiro e costuma trabalhar até tarde. Segundo relato de uma moradora vizinha do local onde ocorreu a morte, assim que a população do entorno percebeu de que se tratava de Davi, várias pessoas saíram de suas casas gritando, já horrorizadas com tamanha violência. Essas pessoas ainda seguiram a polícia até a Santa Casa de Misericórdia de São Félix, para onde Davi foi levado, mas já estava morto. A revolta se estendeu assim que a notícia se espalhou. Familiares e amigos de Davi deixaram registrados em suas redes sociais o repúdio à ação violenta da polícia, que ceifou mais uma vida negra inocente. Na manhã de domingo (6), moradores da cidade fizeram uma manifestação pedindo justiça por Davi e outros jovens negros da região que também foram vítimas da polícia. A revolta foi tamanha que os moradores queimaram pneus na ponte Dom Pedro II e em trecho do bairro 135, local de moradia de David, impedindo a passagem e circulação de veículos até a manhã do dia seguinte. As entradas que dão acesso a São Félix por Muritiba e Maragogipe também foram interditadas por algum tempo. As manifestações continuaram na manhã da segunda-feira (7) com fechamento da ponte Dom Pedro II e com protesto pela praça José Ramos, passando pelo estabelecimento onde Davi trabalhava. Sobre o ocorrido, a polícia alega, por meio de nota, que a vítima teria atirado contra os policiais, uma afirmação veementemente negada por testemunhas que afirmam que Davi carregava apenas uma máquina de cortar cabelo, seu instrumento de trabalho.