Professores/as, estudantes e demais trabalhadores de todo o país protestaram e ocuparam as ruas nesta quinta-feira (09/06) contra os cortes orçamentários na educação e a proposta de cobrança de mensalidades nas universidades públicas.
A APUR, a ASSUFBA e o movimento estudantil realizaram atos em Cruz das Almas, Amargosa, Santo Antônio de Jesus, Cachoeira e Feira de Santana. A comunidade da UFRB demonstrou disposição em lutar para que o Governo Bolsonaro desbloqueie o orçamento das universidades federais.
Palavras de ordem como “Educação não é mercadoria”, “Educação essencial, ô Bolsonaro tira a mão federal” e “Fora Bolsonaro” entoaram durante os atos no Recôncavo da Bahia. Foram realizadas panfletagens, plenárias conjuntas, blitz e passeata pelas ruas.
Segundo o professor Arlen Beltrão, presidente da APUR, caso o bloqueio seja mantido “a UFRB não terá condições de manter suas atividades até o final do ano, bolsas serão cortadas, trabalhadores terceirizados serão demitidos, pesquisas e atividades de extensão serão interrompidas, além de precarizar ainda mais as condições de trabalho. Uma verdadeira catástrofe para nossa universidade! Não há outra saída que não seja lutar contra esses cortes. A comunidade da UFRB enviou um forte recado ao Governo Bolsonaro: não aceitará que as verbas da UFRB sejam cortadas. Professores/as, técnicos/as e estudantes estarão em mobilização permanente e demonstraram disposição em realizar atos ainda maiores, se não houver o desbloqueio do orçamento”.
7,2% do orçamento das universidades federais permanecem bloqueados. Segundo o MEC, 3,2% do orçamento discricionário será remanejado para outros órgãos para pagamento de despesas obrigatórias, representando uma perda de mais de R$ 220 milhões para as universidades federais.
A APUR continuará apoiando e construindo as ações necessárias de luta até a reversão destes cortes.