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REUNIÃO SINDICAL DO CFP DEFENDE A URGÊNCIA DA LUTA CONTRA O CORTE NO ORÇAMENTO DAS UNIVERSIDADES E CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Os/as docentes do Centro de Formação de Professores (CFP) se reuniram numa reunião sindical nessa quinta-feira (9), convocada pelos representantes sindicais locais José Arlen Matos e Maicelma Maia. Na oportunidade, discutiram sobre a crise financeira na UFRB, os cortes promovidos pelo ministério da educação nos orçamentos das universidades e a reforma da previdência.

De maneira geral, os/as docentes presentes indicaram que é insustentável a manutenção da UFRB nesse contexto, e que há a necessidade de uma formação de uma ampla frente em defesa da universidade. Sendo que, de maneira mais imediata, uma luta urgente para a reversão dos cortes no orçamento das universidades.

Outro tema que também vem preocupando toda a categoria docente e não poderia deixar de ser discutido é a reforma da previdência. Para o professor José Arlen, a reforma da previdência proposta pelo governo “é um ataque cruel aos servidores públicos federais, em particular os professores, visto que, diferentemente das outras reformas, essa ainda é mais perversa porque não mantém nenhum direito conquistado pelos trabalhadores, pelos professores universitários, já que todos os regimes serão, basicamente ou em geral, revogados”.

Assim como foi colocada a necessidade de lutar contra os cortes no orçamento da educação, a reunião sindical apontou a urgência de empreender os maiores esforços para tentar barrar essa reforma.

Desde o início da reunião estiveram presentes alguns estudantes, mas diante da dimensão do problema que a universidade vai enfrentar daqui para frente com o corte de mais de R$16 milhões em seu orçamento, os presentes deliberaram pela convocação das turmas que teriam aula à noite. O que transformou a reunião em uma plenária improvisada entre docentes e discentes.

Ficou decidido a realização de uma grande plenária no CFP na próxima terça-feira (14) à noite, bem como a adesão ao movimento nacional dia 15/05 contra os cortes no orçamento das universidades públicas.

Para a professora Maicelma Maia, foi um momento importante “para sentirmos o quanto nossos sonhos estão vivos e pulsantes no chão do Recôncavo. Educação sempre vai ser alvo de retaliação das elites coloniais do Brasil, porque querem nosso conhecimento, dominar o nosso poder, mas nossa história nos ensina que a luta é quem constrói a dignidade humana. Nada nunca nos foi dado como concessão, e sim como produto de muita resistência, conquista dos que vieram antes de nós”.

A professora ainda explicou que vão ampliar a mobilização para toda a cidade de Amargosa e construir atos com o maior número de estudantes, professores e demais servidores no próximo dia 15. “Toda adesão é bem-vinda contra os cortes no orçamento da UFRB e contra essa Reforma da Previdência que o Presidente Bolsonaro quer nos obrigar a aceitar como moeda de troca. Não trocamos direitos conquistados”, concluiu Maicelma.

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