Determinados a intensificar a luta e os debates em defesa da educação pública e gratuita, dos direitos sociais e das liberdades democráticas, no domingo, docentes atualizaram o plano de lutas dos setores federal, estadual e municipal.
As discussões integraram a Plenária 3 e foram coordenadas pela 2ª Secretária do Andes-SN, Jacqueline Lima. Na ocasião, os docentes aprovaram a inclusão de novos itens ao plano de lutas do setor das IEES/ IMES, como a inserção do dia 13 de agosto – Dia Nacional e Luta em Defesa da Educação Pública, 17 de outubro – Dia Nacional de Combate ao Assédio, e 22 de novembro – Dia Nacional de Combate ao Racismo, consideradas datas importantes para consolidar os direitos sociais e as liberdades democráticas no Brasil. Além da realização do XVII Encontro Nacional do Setor das IEES/IMES no segundo semestre de 2019. Na sequência, o plenário passou a apreciar e debater o plano de luta do setor das IFES. O Conad aprovou convocar as seções sindicais para reunião do setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) dias 27 e 28 de julho deste ano para analisar a proposta de reforma universitária e a proposta de greve da categoria.
O plenário do 64º Conad também aprovou que as seções sindicais avaliem suas participações na Marcha das Margaridas, no dia 14 de agosto. O plenário decidiu que a participação do ANDES-SN nas próximas edições da Marcha será um assunto encaminhado para discussão nos Grupos de Trabalho de Políticas de Classe Para Questões Étnico-Raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) e de Trabalho Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA). Os novos itens acrescentados ao plano de lutas do setor de IFES ainda incluem a possibilidade de greve da categoria e o fortalecimento, junto às seções sindicais, da luta pelo reajuste salarial definido em parceria com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).
Na avaliação da secretária-geral do ANDES-SN, Eblin Farage, as deliberações foram positivas e vão orientar a diretoria do sindicato no cumprimento de suas atividades. “O apontamento de indicar às bases a necessidade de discutir a construção da Greve Nacional da Educação, em especial no setor das IFES, foi um dos pontos altos deste momento por conta do conjunto de ataques que o nosso setor vem sofrendo do governo federal. Algumas universidades já não apresentam mais a possibilidade de funcionarem durante o segundo semestre. O governo vai anunciar nessa semana um projeto de contrarreforma universitária e é necessário que a categoria reaja à altura”, afirma.
Eblin também reforça que as determinações do Conad foram essenciais para as organizações estaduais e municipais. “O consenso fortalece a luta dentro das Unidades Federativas (Ufs) e permitirá que as nossas seções sindicais possam enfrentar governos que contribuem para o desmonte da educação pública e gratuita”, acrescentou. Além de Jacqueline Lima, a mesa da plenária foi composta pelo 1º Tesoureiro da Regional Pantanal, Maurício Farias, pelo 1º vice-presidente da Regional Nordeste III do Sindicato, Luiz Blume, e pela 1ª vice-presidente da Regional Sul, Silvana Heidemann.