Enquanto a educação pública sofre com os sucessivos cortes em seu orçamento, os servidores públicos federais estão sem reajuste há 5 anos, as agências de fomento à pesquisa não dispõem de recursos minimamente suficientes para apoiar e financiar as pesquisas em nosso país e a Universidade Pública luta contra os ataques à sua autonomia pedagógica, política e financeira, o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, constituiu um gabinete paralelo com pastores para favorecer prefeitos indicados por essas lideranças religiosas. Tudo isso cumprindo um pedido especial do Presidente Bolsonaro.
É verdade que não nos surpreendemos com essas denúncias, visto que se somam ao caso das vacinas superfaturadas, ao orçamento secreto, aos funcionários fantasmas e rachadinhas do clã Bolsonaro.
Notadamente, o modus operandi empreendido pelo Ministro Milton Ribeiro é ilegal e afronta os princípios da administração pública. É inadmissível seguir com esse Ministro.
A quem interessa manter o Governo Bolsonaro? Ninguém aguenta mais. A política educacional desenvolvida por esse governo, fortemente proselitista, conservadora e privatista, é igualmente nociva ao povo trabalhador brasileiro.
O resultado é que no último período, observamos as verbas de custeio, investimento e assistência estudantil da UFRB serem reduzidas drasticamente. Em 2014 nossa universidade recebeu R$ 78,1 milhões, em 2021 foram apenas R$ 36,9 milhões. No próximo mês centenas de bolsas serão cortadas em função da interrupção do PIBID e do Residência Pedagógica. Muitos laboratórios e salas de aula necessitam de reformas. Materiais de consumo para pesquisas são itens cada vez mais escassos.
Exigimos uma política educacional que valorize a educação pública, as nossas universidades, garantindo o acesso e a permanência qualificada do povo trabalhador. Exigimos a valorização dos servidores públicos e recomposição salarial, já!