Nós, professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, reunidos em assembleia da nossa entidade de classe (APUR) no dia 20 de setembro de 2011, deliberamos por tornar público nossa surpresa quanto à atitude dos estudantes atualmente acampados na universidade. Além das diversas manifestações na busca do isolamento em relação às instâncias classistas da instituição, em especial nosso sindicato, fomos surpreendidos nesta data com a ocupação do auditório da Pós-Graduação do campus de Cruz das Almas, local onde seria realizada esta assembleia, conforme deliberação da assembleia de 13 de setembro de 2011 – que contou, inclusive, com a participação de representantes destes – o que ocasionou transtornos para nossas atividades sindicais. Repudiamos ações realizadas por qualquer segmento da comunidade universitária que inviabilizem e/ou possam ferir a autonomia e independência das organizações de classe. Reforçamos a necessidade de que episódios semelhantes não se repitam na nossa instituição.
Cruz das Almas, 20 de setembro de 2011.
4 comments
Sim!!! Quando é para lutar por Mais dinheiro vcs podem fazer tudo!!! E por q a maioria “quase 100%” dos professores apoiaram o atual Reitor “influenciando nos votos dos estudas”!!
Me deixe viu!!!!
A nota está mal redigida e a assembléia não falou em desgravo, que não cabia, e muito menos em repúdio. O que se consensualizou foi uma manifestação de surpresa e perplexidade diante de um desrespeito de uma categoria a outra. A ata deve ser revista porque a palavra repúdio não foi usada e desagravo muito menos. A diretoria da APUR deve agir cautelosamente para não criar uma fratura com o movimento estudantil, que merece respeito.
Sou contra denominar a nota como de repúdio da APUR. A assembléia não deliberou por repudiar, não usou esta palavra e sim por manifestar despontamento com a ação dos estudantes de bloquer o acesso oa auditório da PG. O moderador da APUR está censurando meus comentários. Já fiz dois e eles não aparecem A Diretoria da APUR está se posicionando com um viés contra o movimento dos estudantes, o que é um precedente muito sério. O princípio do respeito às demasi categorias é pétreo. Devemos manifestar desagrado, desapontamento, mas repudiar é uma palavra muito pesada, até porque não foi isto que foi proposto na assembléia e que, por consequência, não está na ata
Prezado Professor Baiardi,
Antes de mais nada é preciso cautela nas afirmações, e acusações.
1. A proposição de repúdio foi aprovada na Assembléia, ainda que você discorde. A aprovação poderia até estar equivocada, e assim, seria cabível uma solicitação de esclarecimento ou de correção. Destacamos que em nenhum momento, ver nota, foi repudiado o movimento estudantil, e sim uma ação específica.
2. No que trata da moderação dos comentários, o que houve foi um problema de uso dos recursos tecnológicos, uma vez que a APUR não dispõe de um funcionário para tal e os membros da diretoria não dominam adequadamente estes mecanismos. É importante destacar também, que esse tipo de atitude, censura, não condiz com a prática política da atual diretroria da APUR.
3. “A Diretoria da APUR está se posicionando com um viés contra o movimento dos estudantes” – Esta sua afirmação não condiz com a prática política desta diretoria, principalmente neste dias de impasse institucional. Nenhuma das notas públicas emitidas pela diretoria da APUR apresentam nenhum elemento para este tipo de afirmação. E para além do discurso, nenhuma ação da diretoria da APUR nesses últimos dias respalda essa avaliação equivocada, já que com todos os contratempos sempre estivemos lutando para construção do diálogo com os estudantes. Só para exemplificar, neste último sábado e domingo a diretoria da APUR se reuniu com os estudantes e com a ASSUFBA, para construir uma ação política que garantisse a reabertura das mesas de negociação, ver última nota no site.
4. Esperamos que problemas de ordem técnica não sirvam para justificar ataques políticos. Estamos fazendo o máximo para superar esse problemas técnicos.
Saudações Sindicais,
Diretoria da APUR