O Comando Nacional de Greve (CNG) dos docentes federais protocolou na última sexta-feira (10) uma carta no Ministério da Educação (MEC), em que solicita audiência com o ministro Renato Janine, para a qual pede também a presença dos representantes da Secretaria de Educação Superior (Sesu) e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) para tratar dos pontos da pauta da greve (veja aqui). A primeira e única reunião com o MEC após a deflagração da greve, em 28 de maio, ocorreu no dia 23 de junho, com o secretário da Sesu, Jesualdo Farias. Na ocasião, Farias apresentou um documento com respostas à carta entregue pelo ANDES-SN aos representantes do ministério no dia 22 de maio.
“A resposta que a Sesu nos deu [na reunião], não nos contempla. Os cortes orçamentários nas instituições são profundos e nós gostaríamos de nos reunir com as duas secretarias para tratar da nossa pauta e para tratar da reversão dos cortes”, disse Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN.
O pedido de reunião com o MEC foi uma reposta dos comandos locais de greve que, após rodada de assembleias nas Instituições Federais de Ensino (IFE) em greve, entre os dias 25 de junho a 1° de julho, avaliaram o retorno da Sesu à pauta dos docentes e consideraram insatisfatórias as respostas dadas pelo governo. O movimento paredista manifestou inconformismo em relação às medidas de contingenciamento que impactam drasticamente a vida acadêmica.
Segundo Rizzo, as respostas apresentadas pela Sesu/MEC, no dia 23 de junho, não sinalizam nenhuma abertura efetiva de negociação frente à pauta apresentada pelos docentes. “O MEC não fez proposta nenhuma. O documento não respondeu em nada sobre as questões de trabalho, como reestruturação da carreira e valorização salarial, e sobre os recursos das instituições. O documento não traz respostas”, explica o presidente do Sindicato Nacional, que ressalta que é preciso uma negociação efetiva nesta nova audiência.
Veja aqui a carta entregue pelo ANDES-SN no dia 22 de maio e a resposta recebidaaqui no dia 23 de junho.