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DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO NA UFRB: DOCENTES APROVAM CRIAÇÃO DE UM CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÕES E PARALISAÇÕES

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Como parte da Paralisação Nacional marcada para o dia de hoje (19), os docentes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) se reuniram em assembleia para debater a situação da categoria em âmbito local e nacional, principalmente no que se refere às ações que devem ser tomadas para forçar que o governo reabra as negociações da pauta docente, sem progresso desde o fim da greve de 2012. Uma situação que levou para o debate dos professores a discussão sobre a possibilidade de uma greve ainda este ano.

O ponto de partida para a discussão dos professores foi um balanço da última greve, que foi suspensa pela categoria após quatro meses de paralisação. Foi lembrado que a proposta do governo em vigência, assinado pelo PROIFES, foi rejeitada amplamente pela maioria dos sindicatos. Acordo este que promoveu maior desestruturação da carreira docente e não reparou as perdas salariais. O secretário da APUR, professor Antonio Eduardo de Oliveira, apontou a falta de ações efetivas do ANDES em 2013 sobre esse ponto, e ressaltou a importância da assembleia como forma de mobilização, possibilitando o debate com toda a base, o que, para ele, é de imprescindível antes de tomar qualquer decisão.

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O presidente da APUR, David Teixeira, também reforçou a importância da discussão entre os pares e a comunidade, e apresentou uma síntese das negociações da pauta local: “Os pontos centrais da pauta não foram atendidos. Pontos que envolvem diretamente a questão funcional dos professores, que têm sido maltratados pela administração central.” O presidente também reforçou a relevância do momento e ponderou sobre os próximos passos: “A paralisação de hoje é uma forma de discutirmos, pensarmos o futuro da UFRB a partir do olhar docente. Um momento de avaliar quais são as conquistas que queremos extrair do governo este ano”, acrescentou David.

 Assim como o presidente da APUR, outros professores também pontuaram os diversos problemas que os docentes da UFRB têm enfrentado, deixando claro que motivos não faltariam para a deflagração de uma greve. Tarcísio Cordeiro, representante sindical dos docentes do CFP, afirmou que a universidade tem sido pensada como simples centros de ensino: “Tanto no nível local quanto nacional, temos todos os motivos para fazer greve.”, mas o professor ponderou sobre a necessidade de se pensar também nas atividades locais: “Temos que retomar as atividades de base, precisamos incomodar. Precisamos dizer para as pessoas no que acreditamos, para que elas entendam as nossas condições de trabalhos”, completou o professor.

Alguns professores defenderam que a APUR apresentasse ao sindicato nacional um indicativo de greve, mas ponderaram que a greve não poderia ser feita de qualquer forma, e sim uma greve de verdade. Nessa linha, a professora do CAHL, Marcela da Silva, colocou que existe um medo em retomar a greve, porque as demandas de 2014 são as mesmas de 2012.  Contudo, a professora lembrou que os docentes da UFRB não compactuam com a conduta do PROIFES que não tem apresentando nenhuma evolução nas negociações com o governo: “A gente precisa colocar como horizonte a possibilidade de uma greve mesmo, ou é greve, ou não é greve. A nossa luta não pode se sujeitar”, disse Marcela.

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Após todas as discussões e falas, a assembleia deliberou pela proposta inicial da diretoria da APUR que foi de fazer um calendário de mobilizações e paralisações, e que na reunião do setor das IFES, nos dias 29 e 30 de março em Brasília, seja discutido um motivo, uma pauta para uma possível deflagração de greve. A assembleia também aprovou o apoio à greve dos servidores, a elaboração de um calendário de assembleias locais e a criação do fundo de mobilização.

Os docentes também apontaram alguns pontos que devem ser estratégicos da pauta como, por exemplo, a aprovação do PL que isenta os professores do desconto do Imposto de Renda, a defesa da carga horária mínima de 8 horas para atividades de sala de aula, a criação de um índice de reajuste salarial.

Além dos docentes, a assembleia contou com a presença de Aida Maia, representante da ASSUFBA, que falou da greve dos servidores, iniciada no último dia 17; e de representantes do Coletivo Central dos Estudantes (CCE).

No período da tarde, a diretoria da APUR se reuniu para encaminhar as deliberações da assembleia.

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