Nesta terça-feira (12), a APUR, representada pelos professores David Teixeira (CFP), Djenane Brasil (CCS), Leopoldo Barreto (CCAAB), Érico Gonçalves (CETENS) e Orahcio Sousa (CFP), se reuniu virtualmente com o reitor da UFRB, Fábio Josué dos Santos, e com o chefe de gabinete Luiz Paulo Oliveira. Na oportunidade, foram discutidas algumas demandas dos/as docentes que surgiram nas reuniões sindicais dos centros.
O orçamento da universidade foi o primeiro ponto de pauta da reunião. Sobre essa questão não há mudanças daquilo que já vínhamos acompanhando. A previsão orçamentária para 2020 é de 46 milhões, houve a liberação apenas de 31 milhões, sendo que cerca 16 milhões estão sob supervisão. Segundo o reitor, sem a liberação desses 16 milhões a universidade vai enfrentar uma situação complicada, sobretudo no que se refere a assistência estudantil.
A APUR levou à reunião a preocupação crescente com as condições de trabalho na pandemia, em especial com a saúde docente, não apenas em relação à possível contaminação pelo coronavírus, mas também com a saúde mental dos/as professores/as. Nesse sentido, solicitou informações sobre grupos de riscos e questionou como a UFRB tem acompanhado a gestão de pessoas e as demandas de acompanhamento psicológico.
Em resposta, o reitor informou que o Comitê de Acompanhamento e Enfrentamento a Covid-19 está tentando fazer um mapeamento de acompanhamento do grupo de risco, e está esboçando um formulário com objetivo de traçar o perfil da situação dos servidores da UFRB em meio a pandemia. O reitor acredita que vai ser um instrumento que possibilitará ter mais dados sobre os servidores neste contexto de pandemia e suas principais demandas, inclusive da necessidade de ajuda psicológica.
Ainda sobre as ações em torno da pandemia, o reitor deu um breve repasse das ações que a universidade tem realizado.
Outra discussão suscitada no decorrer das reuniões sindicais foi a questão do Ensino à Distância. O reitor da UFRB colocou que antes da suspensão das atividades o tema chegou a ser debatido, mas que as condições dos estudantes suscitaram muita preocupação. Fábio Josué lembrou que grande parte dos estudantes usa apenas a internet da universidade, não tem computador e nem celular que permite ume interação virtual. Sem contar a falta de preparo do corpo docente e técnico. “Nossa capacidade infra estrutural, nosso sistema de tecnologia da informação ainda é tímido. Precisamos de mais equipamentos e profissionais. Um conjunto de elementos que precisamos levar em conta. Então, a avaliação foi acertada naquele momento. Não podemos fazer da EAD um tapa buraco. Ela não pode substituir o ensino presencial na sua essência. Tem que haver um planejamento”, completou o reitor.
A reunião ainda abordou a discussão sobre o retorno às aulas. Na visão de Fábio Josué, pode-se pensar em cenários, mas não tem como ter uma resposta com prazos nesse momento. O momento gera angústias, mas, defende o reitor, voltar às atividades presenciais só num cenário de segurança.
A APUR entende e comunga da opinião de volta apenas com segurança, mas acredita que é necessário que as discussões já comecem, bem como não abre mão de participar de todos os debate sobre o retorno, e que possa discutir junto as condições de trabalho e ensino na UFRB durante e pós-pandemia.
A reunião também tratou de temas importantes como: convocação de concursados, celeridade nos processos de progressão, obras e problemas de infraestrutura dos campi; os quais serão apresentados de forma precisa após resposta escrita da reitoria.
Ficou também acordado que a reitoria antes de adotar qualquer nova medida que afete a condição funcional dos/as professores/as irá discutir antecipadamente com as representações sindicais, para evitar problemas como o ocorrido com a suspensão dos auxílios no último mês de abril.
Aproveitamos para informar que a planária docente pré-agendada para amanhã (13), será remarcada, com data ainda ser definida pela direção da APUR.