Com o intuito de fazer um levantamento das demandas docentes específicas de cada centro e discutir as ações contra a PEC 32, a direção da APUR, representada pelo presidente José Arlen Beltrão, se reuniu com docentes do CCAAB e CETEC na última sexta-feira (17).
Como já havia sido apontado por docentes de outros centros, as falas evidenciaram preocupação como os excessos de reuniões, sem que haja nenhuma regulamentação de horários. Soma-se a essa questão os prazos apertados e cobranças urgentes, que muitas vezes forçam os/as docentes trabalharem fora de seu trabalho, até mesmo em finais de semana.
A necessidade de reformas dos ambientes de trabalho também foi uma demanda colocada, um ponto muito importante, já que incide diretamente numa luta antiga da categoria docente desses dois centros, que é a questão da insalubridade.
Algumas falas refletiram que no início da pandemia parecia haver maior preocupação com as condições de trabalho para docentes que precisavam, por exemplo, acompanhar filhos e/ou pessoas idosas, mas que isso parece que foi se perdendo. Diante disso, os/as presentes solicitam respeito à resolução de trabalho durante a pandemia.
Outra demanda levantada e que tem sido recorrente em outras reuniões é a necessidade de que haja uma unificação dos calendários da graduação e pós-graduação, para que seja respeitado o direito do/a docente às férias de janeiro. Os presentes ainda trouxeram discussões importantes como a possível criação de uma resolução de análise do PIT e RIT, melhorias no sistema e plataformas digitais e transparência das atividades da universidade; já que houve uma denúncia de que estudantes estão sendo matriculados em determinadas disciplinas e trancados sem nenhum esclarecimento.
Por se tratar de uma reunião que, basicamente, discutiria as condições de trabalho docente, as falas ainda deram conta de refletir sobre o retorno às atividades presenciais. Nesse ponto foi encaminhado que o protocolo de biossegurança seja implementado e respeitado.
Um assunto que vem ocupando a atenção das centrais sindicais de todo o país e que não poderia deixar de ser debatido por sua importância é a Reforma Administrativa, a catastrófica PEC 32. Mais uma vez foi lembrado que, caso seja aprovada, a PEC vai retirar direitos não apenas dos servidores públicos, mas também de toda a sociedade, já que tende a sucatear os serviços públicos.
Diante de uma proposta que visa retirar direitos e destruir as bases dos serviços públicos só uma alternativa, lutar. Sendo assim, a direção da APUR e os representantes docentes convoca a comunidade docente a participar dos atos e ações que estão ocorrendo em todo país, para barrar essa reforma. Então, no próximo dia 2 de outubro, que a categoria docente se reúna e lute contra a PEC 32.