A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR), representada pelos professores David Teixeira, Herbert Martins e Antonio Eduardo Oliveira, fez a primeira reunião sindical no Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT) nesta quinta-feira (2). Além da apresentação do sindicato, a reunião teve como ponto de pauta a nova carreira docente e a aposentadoria.
Ao discutir a previdência, David Teixeira, presidente da APUR, chamou a atenção para o mais novo fundo, o Funpresp, que tem gerado muitas dúvidas e desconfianças entre os(as) docentes. Um quesito que mais tem criado desconfianças é o fato de, após a aderência, não dá ao (a) servidor (a) a possibilidade de desistir. O presidente da APUR também lembrou que no controle do Funpresp não tem representante público, e sim do próprio governo. Para ele, tudo isso gera uma instabilidade muito grande, o que causa preocupação. Por isso, é importante que o (a) docente conheça bem o fundo e pondere na decisão de aderir ou não a ele.
Além da aposentadoria, a discussão sobre a carreira docente também trouxe para o centro do debate a questão da progressão na UFRB, um tema que, apesar de não ser novo, ainda traz transtornos. David Teixeira ressaltou a importância de debater o assunto, afirmando que a progressão implica diretamente na aposentadoria, e por isso o empenho da APUR em tornar o processo de progressão mais simplificado. “Infelizmente, há uma burocracia para montar o processo de progressão. O sindicato já entregou uma proposta à reitoria, mas ainda aguarda uma resolução. A ideia básica é enxugar o processo e diminuir as instâncias. Pedimos que na próxima reunião do CONAC o tema seja discutido”, colocou David.
Ainda sobre a progressão, o presidente da APUR aconselhou que, completado o tempo exigido, os (as) professores (as) deem entrada na progressão para evitarem o surgimento de outros empecilhos além da costumeira burocracia.
Ao fazer um balanço da reunião, o presidente da APUR se mostrou muito satisfeito, não só com a participação e receptividade dos(as) docentes presentes, mas também com a constatação de que a visita do sindicato alcançou seu objetivo de esclarecer as dúvidas sobre os temas discutidos. “É uma satisfação para a APUR. A ideia foi abrir esse primeiro debate, e depois montar uma rotina”, concluiu David.
Fora o fato de ser a primeira reunião sindical, a visita ao CECULT foi de grande relevância por se tratar de um centro novo e com muitos professores recém chegados à UFRB. Foi possível mostrar que, mesmo com poucos anos de existência, a APUR tem conseguido resultados positivos na luta pelos direitos docentes. Além de ter saído da reunião com sensação de que o dever vem sendo cumprido, a associação conseguiu novos filiados e colaboradores para essa luta constante.