Em um ato no campus de Salvador, nessa quarta-feira (29), os professores do Instituto Federal Baiano – IF Baiano conseguiram fazer com que a reitoria se comprometesse em não implantar o ponto eletrônico, e respeitar a autonomia das comissões formadas em todos os campi sobre os levantamentos e estudos acerca da flexibilização da carga horária dos Técnicos Administrativos em Educação (TAE).
Carlos Magno Sampaio, professor e membro da direção nacional do SINASEFE, explicou que as reivindicações do ato eram para reverter “uma dura ameaça da Reitoria contra os trabalhadores e contra o processo democrático”, reivindicando contra a implantação de ponto eletrônico nos campi para os TAE, e pela regulamentação da flexibilização da carga horária dos TAE. O ato, que foi organizado pelas Seções Sindicais do IF Baiano, também contou com a presença de representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE).
O professor também contou que o êxito foi conquistado porque os/as docentes conseguiram concentrar várias representações de alguns campi e não estavam dispostos a retroceder, assim, após um bom debate, e bastante diálogo, conseguiram avançar e a reitoria recuou. Um resultado que também é fruto do debate que alguns campi têm feito em torno do assunto. Como é o caso de Uruçuca, que fez uma paralisação de suas atividades e divulgou uma Carta Aberta expressando a posição da comunidade.
Para Carlos Magno, essa postura de apoio e a vontade de discutir as questões são de extrema importância na luta pelos direitos da categoria. “Houve um debate bastante ampliado desde que a reitoria tentou implementar esses ataques aos trabalhadores. A força e o apoio da comunidade ao movimento foram fundamentais para que conseguíssemos avançar nesta pauta a favor dos trabalhadores”, completou o professor.
O professor também informou que a luta não para por aqui. Eles farão várias atividades, a fim de avançar na construção da unidade sindical do IF Baiano, nos debates sobre carreira, previdência e formação política sindical. “Assim, unificados, poderemos avançar muito mais na construção de um IF Baiano mais transparente, democrático e humano,” finalizou Carlos Magno.
A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR), além de parabenizar os/as companheiras/as do IF Baiano pela conquista e pela disposição de lutar por seus direitos, também manifesta seu apoio e se coloca à disposição nessa luta que não é apenas do IF Baiano, mas de todos aqueles que lutam por melhorias na educação e pelo respeito aos direitos dos/as servidores/as federais.
O presidente da APUR, David Teixeira, lembrou que desde a greve de 2012 uma forte parceria foi construída entre as representações sindicais da UFRB e do IF Baiano, e que neste ano estiveram juntos na luta para garantir que o MEC desse posse ao reitor eleito. “Surpreendeu-nos a atitude deste mesmo reitor, em pouco tempo de gestão tentou agir contra a categoria que lutou para sua posse. A vitória dos servidores do IF Baiano é uma vitória de todos servidores públicos federais na defesa de nossos direitos, não aceitaremos nenhum retrocesso”, colocou David.