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APUR firma convênio com o SESC de Santo Antônio de Jesus

Na última terça-feira, dia 5, foi firmado um convênio da Associação de Professores Universitários do Recôncavo (APUR ) com o Serviço Social do Comércio (SESC) do municípío de Santo Antônio de Jesus.

Os professores associados poderão utilizar os serviços disponíveis nos campos de Assistência, Educação, Cultura, Lazer e Saúde, que conta com teatro, quadra poliesportiva coberta, campo, lanchonete, parque aquático, bibloteca, consultório ondontológico, estacionamento e outros equipamentos.

Herbert Toledo, presidente da APUR, destaca a importância desse convênio para garantir a permância dos professores e sua família no Recôncavo, através do lazer, entretenimento e outros serviços. Além disso, a APUR também predente fechar um convênio com o Banco do Brasil para instalação de um caixa eletrônico no Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRB, em Santo Antônio .

Os interessados vão poder se associar a partir de 15 dias após assinatura do convênio. O SESC Santo Antônio de Jesus  fica situado na Estrada do Benfica, km 2,5, no bairro do Cajueiro, após o CCS UFRB. Para maiores informações sobre o local e serviços acesse o site da SESC ou entre em contato pelo telefax (75) 3632-0411.

Venha fazer parte da APUR e desfrute desses serviços você também!

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6 comments

Junior says:

Não concordo com esse convênio. O SESC serve claramente aos comerciantes. Atender docentes é uma desigual e injusta forma de tratar parte da sociedade de Santo Antônio de Jesus, que também trabalha, e por deveras vezes, com salários mínimos.

Professores, que ganham seus 7 mil reais de salário (aproximadamente 13 vezes mais do que o necessário´pario para viver com dignidade, segundo a legislação) ainda querem se beneficiar ainda mais com serviços gratuitos?

Que paguem pelos clubes particulares ou então aceitem o Recôncavo como é! Política de permanencia é para estudantes! Que passam fome, que não tem dinheiro para pagar aliguel e são forçados a abandonar o sonho da vida universitaria e de portar o diploma.

Junior says:

E que a APUR lute pela formação continuada de professores, fiscalização da qualidade de aulas, exigência de ouvidoria… E tudo mais que seja necessário para a consolidação do controle interno de qualidade da universidade. Não somente reivindicações por salários e caprichos como serviços gratuitos em clubes como o SESC (Absurdooooo mesmo!).

João Mendes says:

Prezado Junior. Todos(os) tem o direito de ser contra a alguma coisa, é democrático ser assim. Não sei quais informações que você possui sobre a realidade dos profissionais que trabalham em Santo Antônio de Jesus. O fato é que a cidade não oferece condições de inserção. Creio que você deve concordar que, além do trabalho, o ser humano tem outras necessidades. Temos tido grandes problemas de fixação docente na UFRB como um todo, isso passa necessariamente pela necessidade de criar condições para que as pessoas possam permanecer. Foi-se o tempo em que o trabalhador era visto como uma “maquina para o trabalho”. Isso é contemporâneo apenas do escravismo. O movimento sindical pode sim disputar melhores condições de vida para os trabalhadores.

Vi alguns equívocos no seu comentário aos quais faço algumas ponderações:
1 – você diz que os professores ganham 7.000 reais. Não sei se você viu a pirâmide de salários do serviço público federal. Creio que não. Os valores percebidos no início de carreira de um professor com mestrado não ultrapassam os 4.651,59 (bruto), com descontos esse valor cai para menos de 4.000. Os professores com titulação de doutoramento recebem brutos 7.333,67. Com descontos esse valor cai para pouco mais de 6.500. Não sei de onde o senhor conseguiu a cifra apresentada.
2 – Se o senhor acredita que 1/13 de 7.000 (538,46 R$) é “necessário” para viver com dignidade, eu pergunto ao senhor em qual cidade se vive com dignidade com esse salário. Alias, de qual lógica de dignidade o senhor está falando? na lógica do patrão? dos senhores feudais? O salário que o senhor diz ser digno é inferior até mesmo ao salário mínimo, percebeu?
3 – O senhor cita a legislação. Eu pergunto, qual? A Constituição da Republica Federativa do Brasil traz no CAP II – Dos Direitos Sociais o seguinte texto “Inciso IV – salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”. Eu solicito ao senhor que nos apresente a fórmula para se viver com dignidade com um salário sugerido de R$ 538. Não sei se é do seu conhecimento, existem cálculos da DIEESE é de 2.255,84. Isso considerando uma família de ínfima.
4 – O equívoco da burguesia brasileira é considerar que o salário mínimo é o máximo que o patrão deve pagar aos seus encarregados. Não seria isso um equívoco?
5 – Quem aceita a realidade como é serve apenas como massa de manobra. Aprendemos com Marx que o homem faz a sua história; aprendemos com Gramsh que a luta de classe transforma; aprendemos com Darwin que a espécie evolui!!! Ficar parado, “com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar” parece ser diferente do que dizem os pensadores existencialistas. Se o senhor aceitasse a “realidade como ela é” certamente não teria nem mesmo feito um curso de graduação! Seguindo essa lógica de “passividade”, porque não ficar no analfabetismo funcional?
6 – Política de permanência não é um direito exclusivista, ao contrário, na condição de uma política de inclusão ele deve ser estendido á vários(as). Não sei se o senhor concorda com um direito que deve ser estendido. Os ditadores e tiranos historicamente também não concordaram com isso. Os docentes precisam SIM de uma política pública de fixação. Temos dito que não só os docentes, mas todos os trabalhadores que decidiram assumir o compromisso de erguer uma Universidade num rincão de dificuldades e atraso.
7 – Como não conseguimos saber qual a vinculação, filiação, participação do senhor nos fóruns constitutivos da UFRB, Sugiro que o senhor possa freqüentar os debates abertos da APUR e discutir com a categoria. Não sei se o senhor tem essa informação, havia muito tempo que os(as) docentes solicitavam determinados apoios, inclusive isso. Sinta-se a vontade para debater ao vivo, com os docentes e demais categorias.
8 – Sobre os comentários do segundo post, saiba que a categoria tem se organizado sim para garantir a formação continuada dos seus pares, tem se consolidado como um instrumento importante de garantias de espaços democráticos e éticos na UFRB. Veja o que aconteceu nas consultas públicas para Reitor e diretores de centros. Certamente essa veia não escapa.

Finalizo dizendo que direito é uma conquista. Somente os sanguinários fundamentalistas do capitalismo tentam fazer com que as poucas conquistas dos trabalhadores sejam entendidas como regalias. Isso é um brutal processo de alienação.

Estamos juntos na luta, caso queiras, sinta-se a vontade para discutir teses nos congressos da categoria. Gostaria de vê-lo na próxima assembéia da APUR agendada para o segundo semestre de 2011. Seja bem vindo.

Fahel says:

Concordo plenamente com você, filho!

Junior says:

Caro Jaum,

Não há alienação. Talvez a necessidade de se buscar o rigores de valores precisos que são. O fato que não se pode viver com dignidade como um salário mínimo, mas para a legislação, isto é o necessário, o mínimo para viver. E é esta a realidade da maioria da população de Santo Antônio, marginalizada pelas políticas públicas e exploradas pela lógica do capital perverso.

Os docentes não. Estão confortáveis, ganham bons salários para a realidade brasileira, melhor, para a realidade do interior da Bahia. Acho injusto o resto da população, que vive em insegurança alimentar e nutricional, vive em condições de susceptibilidade à questões como da droga, da violência domestica, urbana, privação de e educação, assistência social, sem estímulos, lazer para os filhos, serem privados do privilegio de usufruir do SESC. Enquanto, a elite intelectual e econômica da cidade caprichosamente quer ter tratamento desigual, acirrando ainda mais o tratamento desigual. A forçação é tão grande. Que o SESC não privilegiou nenhuma outra classe que nçao fosse de comerciantes em SAJ. Mas a ambição, o fato de não se aceitar o interior, sua realidade, sua forma, não permitem aceitar esse paradigma, esse exercício de tolerância e humanidade.

Enquanto tivermos professores que não cumprem a sua dedicação exclusiva para ir ao clube, passear no shopping, morar em salvador e dar aula em SAJ em dois dias na semana, ai fica muito difícil. É muito fácil não se cobrar, é muito fácil não apoiar ou até se reconhecer como classe de servidores como da ASSUBA, porque se quer criar ou sustentar esse aparthied dos seres superiores docentes intangíveis e superiores aos demais servidores, membros da comunidade acadêmica e da sociedade civil.

Sem mais.

Tenho que admitir que acho seu blog ótimo, pois seus posts são sempre muito bem redigidos. Isso era exatamente o tipo de coisa que precisava aprender. Eu adoro ler seus posts, continue assim!

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