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APUR realiza II Encontro de Professoras em Cruz das Almas

Evento marca dia Internacional das Mulheres

A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) realizou na última sexta-feira, 8, o II Encontro de Professoras da APUR, no auditório do PPGCI, em Cruz das Almas. O encontro teve como tema “A Construção da Igualdade de Gênero no Trabalho Docente” e contou com uma mesa redonda formada por professoras da universidade e a construção de Grupos de Trabalho (GTs) referentes ao tema do evento.

De acordo com a vice-presidenta da APUR, Leila Longo, o II Encontro de Professoras aborda temas sensíveis, necessários e demonstra a responsabilidade que a seção sindical tem.

“Estamos aqui, nessa força do trabalho coletivo, que é o fundamento da atuação sindical. O intuito é de abrir e criar essas oportunidades, de se pensar na nossa atuação em diferentes frentes, e é isso que estamos fazendo aqui. Trabalhando efetivamente de uma forma organizada o suficiente para a instituição entender o tamanho da responsabilidade que ela tem. Então, o nosso papel é pensar, criar soluções, e não falar apenas dos problemas. Quem vive, de fato, essas questões são as mulheres. Essa é a nossa proposta, importantíssima… uma chamada geral com a comunidade acadêmica, envolvendo filiados e não filiados, mas numa tentativa de sensibilizar, também, as pessoas para a necessidade de estar filiado e participar na construção desse coletivo”, disse.

Já a professora Sarah Carneiro, convidada para participar da mesa redonda, enfatizou que o evento traz luz às dificuldades e o machismo enfrentados pelas mulheres no âmbito acadêmico.

“Agradeço à APUR por este momento porque aqui falamos com mulheres e sobre mulheres. Porque somos pesquisadoras, mães, estudiosas e intelectuais em um espaço que a gente sabe que tem muito pouco para nós. Isso revela o quanto nós, mulheres, somos esquecidas no ambiente universitário, inclusive por nós mesmas. Porque eu acho que a gente entra num pensamento de que a universidade é um lugar que não cabe certas experiências porque são piegas. E normalmente, no senso comum, estas experiências estão associadas ao feminino. Muitas vezes, temos quase que esconder quem somos para estar nesse lugar que é típico do lugar de excelência”.

Mesa redonda e Grupos de Trabalho

O evento foi aberto com a leitura de poemas pela Profa Sarah Roberta de Oliveira Carneiro A mesa redonda teve como fala de abertura a trajetória da Profa Maria Amélia de Pinho Barbosa Hohlenwerger, atual diretora do CETEC, relatando seus desafios na carreira, especialmente em uma área prioritariamente masculina.


Participaram ainda da mesa redonda as professoras Leila Longo, Priscilla Leonnor Alencar Ferreira, Paloma de Sousa Pinho Freitas, Clara Lima de Oliveira, Sarah Roberta de Oliveira Carneiro e Renata Correia Lima Ferreira Gomes, apresentando os Grupos de Trabalho que irão tratar sobre temas, conforme apresentado abaixo:


• “Inclusão no trabalho docente”, Priscilla Leonnor Alencar Ferreira;
• “Saúde no trabalho docente”, Deisy Vital dos Santos e Paloma de Sousa Pinho Freitas
• “Maternidade no trabalho docente”, Clara Lima de Oliveira
• “Assédios e preconceitos no trabalho docente”, Sarah Roberta de Oliveira Carneiro e Renata Correia Lima Ferreira Gomes
• “Solteirice no trabalho docente” – Leila Longo e Renata Correia Lima Ferreira Gomes

As ações previstas para cada GT passam pelas seguintes propostas:
1 – ações de esclarecimentos sobre o que configura assédio ou agente agressor – tratar sobre implementação de oficinas de capacitação, material didático (vídeos informativos, cartilhas, etc); envolvendo profissionais da área de psicologia, psiquiatria, neurolinguística;
2 – ações de acolhimento das vítimas, identificando as agressões de diferentes naturezas, por meio de encontros presenciais (momentos de fala e escuta), oficinas, outras ferramentas possíveis;
3 – ações de abordagem do agressor (de forma anônima, como uma ação ampliada, dentro do contexto de esclarecimento), possibilitando a identificação de ações agressivas e propostas de ferramentas de mudança de atitudes;
4 – identificação das áreas de formação necessária e mobilização de profissionais, como psicólogos, psiquiatras, neuro linguistas, advogados, que possam atuar como uma comissão de apoio, orientando essas ações. A partir dessas ações, teremos, enquanto sindicato, constituído grupos de apoio profissional, que nos permitirá efetivamente acolher e conduzir as questões que se apresentarem.

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