A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) realizou dois eventos em alusão aos 60 anos do golpe militar e os desdobramentos na história do Brasil, nesta segunda-feira, 1°. Os encontros, que ocorreram no CAHL e no CECULT, tiveram o intuito de lembrar o autoritarismo, a repressão, a impunidade e os resquícios da ditadura nos dias de hoje. Ambos os debates tiveram a participação de docentes, discentes e técnico-administrativos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
O primeiro evento ocorreu no auditório Tranquilino Bastos, no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), em Cachoeira, com a presença dos professores Heleni Ávila (CAHL-UFRB), Silvio Benevides (CAHL-UFRB) e Paulo Riela Tranzilo (UEFS), que compuseram uma mesa redonda.
Intitulada “60 Anos de Impunidade e de Tutela Militar”, a mesa lembrou das atrocidades cometidas pelo golpe militar, da impunidade obtida com a destruição de arquivos da época, e discutiu políticas e ações de preservação da memória da ditadura, para que esta não seja reescrita e não se repita.
O segundo evento ocorreu no auditório Emanuel Araújo, no CECULT, em Santo Amaro, com uma atividade de “descomemoração” dos 60 anos da ditadura empresarial-militar. No encontro, foi exibido o filme Retratos de Identificação, de Anita Leandro, que, a partir de fotos produzidas pela repressão, recupera relatos sobre quatro militantes vitimados pela violência política da ditadura.
Em seguida, houve um debate sobre a ditadura e as conexões estabelecidas com o presente a partir das impressões dos estudantes sobre o filme, encabeçado pelos professores Renata Gomes e Luís Henrique Leal, representantes docentes da APUR no CECULT, Regiane Miranda, filiada à APUR, e o servidor técnico Evandro Freitas.