Os/as docentes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) decidiram por rejeitar a proposta de reajuste salarial e recomposição orçamentária do governo federal. A decisão aconteceu durante a Assembleia Geral da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR), que contou com a presença de 109 docentes, nesta quinta-feira, 23, em Cruz das Almas. A categoria entende que a proposta é insuficiente e não abrange todos os níveis da carreira.
A proposta rejeitada pelos/as docentes foi enviada às representações sindicais na última quarta-feira, 15, durante a Mesa Específica Temporária de Carreira. O governo propõe o congelamento dos salários em 2024 e recomposição salarial de 12,8% a 17,6% para 91,8% dos/as servidores/as da educação, o que corresponde à desestruturação da carreira com a redução dos steps, desprezo aos/às aposentados/as, perdas salariais devido à inflação para cerca de 93,7% da categoria, dentre outros.
Além disso, a recomposição orçamentária para os Institutos Federais de Ensino Superior (IFES), que é de R$ 347 milhões, é muito aquém dos R$ 2,5 bilhões reivindicados pela ANDIFES para 2024.
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Veja o resumo que o ANDES-SN fez sobre a proposta do governo federal abaixo:
Abaixo a avaliação da proposta do governo federal pela APUR:
Encaminhamentos
Além da rejeição à proposta do governo, os/as docentes aprovaram os seguintes encaminhamentos durante a Assembleia Geral da APUR desta quinta-feira:
1. Exigir do governo a manutenção da mesa de negociações; queremos negociar!
2. Autorizar o Comando Nacional de Greve (CNG) a construir uma contraproposta para protocolar no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), no dia 27/5, com os seguintes itens:
* Defender o reajuste para 2024, considerando a inflação do período; priorizar o reajuste linear para toda categoria.
* Carreira – Aprovar mesa de negociação permanente. Não avançar na desestruturação dos níveis da carreira.
* Orçamento de Custeio e Investimento – aprovar mesa de negociações permanente com os sindicatos.
* Indicar ao CNG a necessidade de fazer pressão no Ministério da Educação (MEC), no ministro Camilo Santana e na Câmara de Deputados (Fora Lira).
* Indicar ao CNG a necessidade de enviar um ofício ao Feijóo, explicitando que somente o ANDES e SINASEFE possuem carta sindical, e que não aceitamos presença do PROIFES na mesa de negociação (pois não são legais, nem legítimos e nem representação).
* Atualizar a Pauta Local da UFRB.
* Pressionar a bancada baiana na Câmara.