A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) realizou reuniões sindicais em todos os Centros de Ensino da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Os encontros, que foram marcados por debates acerca da campanha salarial, das propostas do governo e da recomposição orçamentária das universidades, começaram nesta segunda-feira, 22, e terminaram na quarta-feira, 24. As reuniões sindicais são preparativas para a Assembleia Geral da APUR, que ocorrerá no próximo dia 9 de maio.
De modo geral, a diretoria da APUR e as representações sindicais dos Centros da UFRB promoveram debates que destacaram a situação da campanha salarial e o histórico das negociações que levaram 32 seções sindicais do ANDES à greve.
Apesar de sucessivas rodadas da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), o governo federal continua propondo um congelamento nos salários dos/as servidores/as federais da Educação para este ano, aumento nos auxílios (que não beneficia os/as servidores/as aposentados/as) e dois reajustes de 9% e 3,5% para 2025 e 2026, respectivamente.
Outro fator de desgaste é a não recomposição orçamentária da UFRB, que recebeu no ano de 2022 um orçamento inferior ao ano de 2016. Além da corrosão inflacionária dos últimos oito anos, a universidade ampliou espaços, quadro de servidores e estudantes, o que correspondem a despesas maiores. Tudo isso implica em receitas cada vez menores e no desmonte da educação pública no Recôncavo da Bahia.
A APUR também salientou a importância e as conquistas parciais do movimento grevista em todo o Brasil, que está pressionando o governo federal, através da insatisfação generalizada que chega à mídia.
O entendimento em comum é sobre a necessidade de a categoria permanecer unida em prol de melhores e mais justas condições de trabalho, de uma educação pública de qualidade, possibilitando benefícios aos servidores/as, discentes e ao público externo à universidade.